segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

barão

de acordo com o título de hoje do dn ter-me-ei de considerar um dos barões do ps;
tenho pena que a proposta de j. sócrates deixe cair a ideia;
mas, acima de tudo, fico na dúvida, pois por cá o actual presidente da federação candidatou-se com essa ideia; faz parte do grupo de notáveis que hoje apoiam e organizam a candidatura de j. sócrates;
como ficamos...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

fevereiro

este mês de fevereiro coincide com o ponto mais baixo do meu biorritmo;
tou cansado, apetecia-me sossego, modorra, amena cavaqueira em esplanada soalheira, de mini na mão e olhos no céu;
como sou transparente esse meu estado nota-se à distância e interfere nas relações e na produção;
que fazer;
aguardar pelo fim-de-semana para cansar o físico e espairecer o espírito;

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

cultura

já que tanto se fala em cultura, fruto de manifestações recentes pelo burgo, vale a pena afirmar que em arraiolos brinca-se ao faz de conta;
faz de conta que existe uma estratégia para a cultura, como se faz de conta que existe uma estratégia para o que seja;
os comunistas, por este lado, não generalizo, apostam na ignorância do faz de conta, faz de conta que existe uma estratégia, faz de conta que existem apostas, faz de conta que somos todos cegos;
como dizia um poeta, enganam-se alguns durante algum tempo, não se enganam todos todo o tempo;

ensurdecedor

tal como perspectivado a assembleia municipal decorreu sobre o signo da serenidade;
tenho que dar destaque aos silêncios do senhor presidente da câmara, questionado sobre qual a estratégia da semana do porco, que decorre no concelho, preferiu nem comentar; optou pelo silêncio;
quando questionado sobre as possibilidades do regulamento de resíduos ser um instrumento de incentivo disse nada;
o seu silêncio é ensurdecedor;
os eleitos pelo ps apresentaram duas propostas de alteração do regulamento, a possibilidade das juntas de freguesia participaram no processo de organização das recolhas e considerar factores de isenção nas tarifas para recolha de monos; as duas recusadas;
elucidativo das ideias que não se têm, dos argumentos que não se apresentam, da desfaçatez de uma maioria;
foi, para além dos silêncios do senhor presidente da câmara, uma reunião ensurdecedora...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

transformação

que a profissão docente se encontra, há já algum tempo, em estado de significativa mudança, não será novidade por aí além;
cada qual, fruto dos seus contextos (espaço, tempo e conhecimento) efectua as suas análises e perspectiva as suas dimensões;
há muito que aqui escrevo sobre isso, que me desinquieta e estimula a perceber a minha profissão, os seus contornos, as suas novas (ou apenas reconfiguradas) dimensões;
tenho pena de estar demasiado longe e não poder assistir a esta conferência;
valia a pena ouvir outras perspectivas e conhecer outras realidades;
lá, como cá, a profissionalidade muda, reconfigura-se e são desenhados novos objectivos e pedidas outras funcionalidades (requisitos) à docência;
o problema, talvez lá, quase certo por cá, é que políticos e sindicatos, profissionais e académicos ainda não se entenderam sobre o que muda e como muda na profissão docente e menos entendimento há sobre quais as suas consequências ou implicações nos desempenhos profissionais e na lógica organizacional das escolas;
é de transformação que se trata, para o bem e para o mal...

assembleia

hoje é dia de cumprir calendário na assembleia municipal de arraiolos;
vamos lá ver se o senhor presidente mantém o seu estado de ansiedade ou se, em alternativa, tem ideias para discutir;
são apenas dois os pontos da ordem de trabalhos, informação municipal e o regulamento de resíduos no concelho;
pela maioria detida, pela manifesta incapacidade da sua maioria expressar uma vontade mínima de debate, digo que é de cumprimento de calendário e de obrigação que se trata;
não há debate, discussão e menos ainda política neste concelho; apenas a afirmação de uma vontade onde sobra partido...

graça

hoje, depois de uma manhã entre o nublado e o cinzento, o sol, por estas bandas, dá um ar da sua graça, aquece os ânimos e afaga os espíritos;
e eu bem precisado tou...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

coisas

ele há coisas do arco da breca que é tão difícil de explicar como de compreender;
um miúdo, primeiro ciclo, está referenciado como hiperactivo; o docente titular da turma lá desenvolve estratégias de integração;
o pessoal que estás nas aec propõe à mãe que o retire daquela componente para não perturbar os colegas;
e esta hen...

avaliação

a avaliação é um processo bicudo;
desde os bancos da então escola primária não há quem não se recorde deste ou daquele processo, mais ou menos kafquiano, recambolesco ou simplesmente injusto de volta do processo de avaliação;
discorro hoje não sobre a avaliação de desempenho docente, mas a das organizações públicas organizadas em torno do siadap - coisa horrorosa;
a avaliação é, para todos os efeitos e dêa-se-lhe a volta que se der, subjectiva; por muitas grelhas, matrizes, tabelas que possam ser feitas, não assumir esta subjectividade é cair na iniquidade de um processo, no descricionarismo por vezes patético;
apanhei com um processo de avaliação no colo para o qual não fui nem visto nem achado; tábém, quem entra de novo paga o ovo, diriam os miúdos;
não foram levadas em consideração características de profunda aleatoridade funcional, da imprevisibilidade de solicitações, nem a componente de casamento entre o técnico e o político; tábém, afinal até sabia ao que vinha;
agora encerrar a coisa sem que exista um mínimo de articulação entre a profusão de critérios subjacente ao processo de avaliação e avaliadores é querer ser independente onde apenas se regista dependência; já na tábém, criam-se fricções, conflitos, atritos em zonas perfeitamente desnecessárias e muito pouco inóquas;
não são a regras que são más, sãos os processos e os procedimentos de quem orienta - ou deveria orientar  - a coisa que são ... patéticos...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

empréstimo

reconheço que, perante as grandes companhias/empresas, como sejam a edp, pt e outras que tais, não temos nem remédio nem volta a dar;
isto porque, como é meu hábito, efectuo a leitura do contador da luz mensalmente, a remeto, via on-line, para os senhores, de modo a não ter surpresas, como já tive, na altura dos acertos;
recentemente no sitio da edp quando remeti a leitura tive a indicação do valor a pagar; certo;
surpresa minha quando vi a factura, bem superior ao que me tinha sido dado como indicação;
vá de pegar no telefone, estar quase meia hora à espera e receber a informação que tiveram que fazer acertos por estimativa; e a minha contagem, para que serve...
fiquei a saber que emprestei dinheiro à edp e já não é a primeira vez, que oportunamente me será restituído;
esta é boa e resulta do confronto entre david e golias onde o grande ganha sempre...

saudade

reconheço que já tenho saudades dos dias azuis e solarengos, de uma cervejola em esplanada à beira estrada, de sentir o calor dos raios de sol;
este tempo cinzento, que hoje se imiscui com alguns laivos de sol, não contribui para a nossa felicidade..

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

sensações

uma das situações que mais tem sobressaído das escolas, perante cansaço, frutações e angústias, diz respeito à indiferença, alheamento e amorfismo com que alunos e turmas encaram, cada vez mais, o trabalho escolar;
são recorrentes e crescentes as afirmações de inúmeros docentes que se confrontam com turmas inteiras profundamente indiferentes, desmotivadas, desligadas;
perante estas situações que fazer, como proceder; não há receitas para a já de si normal indiferença, quando ela se agrava e se generaliza então ainda menos;
são tempos difíceis e complicados, aqueles que a escola enfrenta...

manifestações

pelos blogues docentes e da educação surgem, um pouco por todo o lado, manifestações e tomadas de posição contra a avaliação de desempenho;
certo;
mas os sindicatos foram um dos responsáveis por esta avaliação e agora...
e quais as alternativas que se poderão apresentar a esta avaliação - regressar a que passado, avançar para que futuro;
o que se coloca em evidência é a necessidade de repensar funções e acções do trabalho docente, manifestamente desenquadrado do presente, entalados entre obrigações e urgências, resultados e escolas;
para onde vamos...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

mapa

chegou-me a imagem da europa que aqui deixo;
é fruto da criatividade de tugas que gostam de olhar para o distante e diferente com permissas conhecidas e comuns;
é uma tentativa de fazer próximo o distante, conhecido o que não se conhece...

avaliação

a avaliação do desempenho docente foi, desde o seu início, um pau de dois bicos;
tanto serviu para (tentar) credibilizar e legitimar uma profissão que até então tinha uma avaliação de faz de conta, como serviu para a disputas de territórios entre sindicatos e tendências mais ou menos organizadas;
causa ou consequência, vá lá saber-se, o certo é que descambou na revelação daqueles que são mais papistas que o papa e, vai daí, se ter complicado o que já de si não era nem é tarefa fácil;
aparentemente todos ou quase, afirmarão a defesa da avaliação de desempenho, reconhecendo que por seu intermédio se valoriza uma profissão; todos e aqui são mesmo todos, afirmam a necessidade de rever procedimentos e modelos, estruturas e orientações;
e aqui corre-se o risco de se cair no contraditório, se são dadas excessivas orientações, limita-se o exercício das autonomias e o livre pensamento de cada escola; se elas não são dadas e é consignada à escola espaço para pensar a sua acção, fica-se no vazio legislativo e na desorientação burocrática;
é uma claríssima evidência das contradições que hoje vivemos na educação e não só, o confronto entre um modelo em desaparecimento, o francófono onde assentava toda a estrutura da educação, e preceitos mais saxónicos, impostos por modas e políticas;
sair do imbróglio não será tarefa fácil, mas continuo a defender que devem ser definidas as orientações nacionais e deixados os espaços necessários para que professores e outros possam definir a sua acção;

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

defender portugal

no próximo sábado realiza-se, em lisboa, uma sessão socialista designada de defender portugal;
designação sugestiva se considerarmos o que defender, que portugal está aqui em causa, que armas utilizar, que equilíbrio entre força da razão e razão da força, que sentido hoje tem o defender o quê;
para que não restem dúvidas, sou socialista, defendi e ainda defendo, agora em letras pequeninas sócrates e um vasto conjunto de medidas de política que foram marca incontornável de uma governação;
mas hoje, é difícil, mesmo para mim socialista assumido, defender políticas perante as quais tenho muitas dúvidas, afirmar argumentos onde tenho questões a colocar, tomar partido quando não me apetece partido;
mais, entre retóricas perante as quais até me reconheço, nos princípios e nos valores, nas ideias e nos propósitos, o difícil mesmo é comparar retóricas com práticas, ideologia com acção, conhecimento com mobilização;
apetecia-me estar - é na hora dos apertos que vê quem está - mas apetece-me não ir, demarcando-me, política e ideologicamente dessas profundas diferenças que são discursos e acção política, orientações e opções;
não vou, pronto...

anuncios

entre avisos que me vou a eles e anúncios do agarrem-me senão desfaço-o, lá surge uma data concreta para a apresentação de uma moção de censura;
está instalada a festa, o esfregar de mãos de quem espera quase que desesperadamente pelo poder - pelo menos pelos corredores - aqueles adizeres eu bem disse que, eu bem vos avisei, agora é a nossa hora e outras coisas que tais;
o giro da cena, sem dúvida caricata, é a coligação que se tem de formar para que a moção passe;
coligação que pode dar todos os trunfos a josé sócrates e ser uma claríssima bóia de salvação... ou talvez não...

justificações

sinceramente, sinceramente, não sou nem a favor nem contra os ditos mega-agrupamentos;
como tudo na vida, há vantagens e desvantagens, saiba-se lidar com a coisa, retirar proveitos das dificuldades;
agora há coisas que não lembram ao diabo, hoje um(a) director(a) entre justificações e desculpas  concedia à administração educativa todos os pretextos, e mais alguns, a justificar a junção de escolas na sua terrinha;
e depois dizem que são as políticas as culpadas pela acção; em grande parte até são, mas também em muitas situações, deita-mo-nos na cama que fizemos, para o bom e para o mau...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

disputas

de quando em vez, e quase sempre por razões que a maioria de razões deconhece, surgem notícias que colocam em causa não apenas o anonimato de quem as produz, mas e acima de tudo, os órgãos das organizações que são alvo de comentários;
sinceramente nunca percebi - de forma racional e lógica - o porquê destes comentários;
podem ser entendíveis considerando que se registam alterações na cultura de escola, que se colocam em causa procedimentos há muito instalados, lógicas de organização que atiraram a respectiva escola para o fundo educativo e pedagógico;
agora considerar que dois elementos conseguem convencer os demais 19 é dar excessivo valor aos 2 e desvalorizar os restantes, lá saberão;
dizer que a dreale interferiu mediante um elemento é ser desconhecedor da organização dos processos e dos procedimentos, revela ignorância, para além de má fé;
atitudes desta, com base no anonimato são apenas merecedoras do comentário que o paulo lhes faz...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

caricato

a situação da política nacional é de tal forma que permite algumas caricaturas - que apenas desmerecem quem nelas participa;
afinal, quem poderá apoiar a moção de censura do pc, será que existe uma coligação pc/psd/cds; que pretende o pc com esta atitude, entregar de bandeja o poder à direita;
e, por outro lado, que atitude assume e toma o ps no sentido de evidenciar as caricaturas sequiosas do poder, disfarça mal o incómodo;
no mínimo os tempos que correm são caricatos e muito piores que o pântano que guterres abandonou há 10 anos atrás...

ressentimento

fazer da crítica política e partidária coisa de ressentimento é querer diminuir a discussão de ideias, a procura de alternativas, o debate plural das situações que o partido e o país vivem;
afinal, acusar de ressentimentos quem defende outras posições e outras ideias é dar razão a quem expressou a sua opinião;
e isso não é bom...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

coisas

quem anda, como eu tenho andado, de escola em escola, dá para perceber o sentir de muitos e variados pulsos;
há aqueles que batem levezinho e que se fazem sentir com estrondo; há outros que procuram bater forte apenas para disfarçar a eventual angustia;
em todos eles, de uma maneira ou de outra, se percebem as dúvidas, as incertezas quer dos caminhos que nos obrigam a percorrer, quer das alternativas que não se vislumbram;
entre o deixar cair os braços, que muitos recusam, uma das coisas que mais se faz sentir é o desespero perante alunos e turmas;
há escolas, há concelhos que mais parecem caídos na crise de 1929 tal os condicionalismos, a apatia de pais e filhos, a manifesta incapacidade de a escola arranjar respostas que não são as suas mas que condicionam e interferem significativamente no trabalho em saula de aula, nas relações, na esperança que não se tem...

olhar

um olhar atento, uma crítica oportuna, uma perspectiva sagaz;
será que alguém a ouve ou o pessoal se limita a assobiar para o lado;
falta política onde sobra ausência neste governo; falta debate onde sobra isolamento na estrutura partidária; faltam pessoas onde sobram sombras de dirigentes;

oportunidades

já não é de crise e de oportunidades que escrevo, é de saber captar um momento, uma situação, qual imagem fotográfica que fica e perdura no registo do instântaneo;
a cantiga dos deolinda, que vira bandeira e hino, é exemplo disso, de momentos conturbados onde não existe correspondência entre expectativas e possibilidades, ligados que estamos a depender sempre do outro ou de alguém;
fomos educados na consideração que o estado era estabilidade e garantia, que se desvaneceu há muito; que ser doutor era preceito de qualificação e estatuto, e já não é; que conheciamos as fronteiras e os lugares comuns, que se abriram e espalharam, que eramos capazes de distinguir amigos de adversários, próximos de distantes e tudo se misturou;
e quase tudo permanece na mesma, mesmo a mudança; e, o mais grave, é que os políticos têm tido manifestas dificuldades em compreender e interpretar os sinais de uma democracia que,se não é paciente, está muito impaciente;

clandestino

oh meu caro anónimo s.s., até parece que não me conheces e que, sorrateira e clandestinamente, me insinuo por entre paredes e sombras para reunir com este ou aquele director, é isso e... couves;
quantos aos números eles são o que são, não resultam de nenhum inventário rigoroso, mas apenas de perspectivar a redução de docentes de evt, simples de fazer, e do número de horas de redução da área de projecto e pronto;
os números são sempre joguete na ponta do verbo, mas façam-se as contas, considerem-se os horários que existem, as turmas, os docentes e o valor a apurar será sempre mais fiável por escola;
agora em termos de oportunidade dizes mais do que aquilo que escrevi e tens razão, agora basta olhar a coisa pelo lado do problema ou da oportunidade...

sábado, 5 de fevereiro de 2011

crise e oportunidade

o decreto-lei 18/2011 é claro no seu sentido de organização;
inerente a esta e a muitas outras propostas, as notícias dão conta do óbvio, o descontentamento de docentes, do que fazer com sindicatos e movimentos sociais e profissionais;
as escolas não perderão um quarto dos docentes, contas feitas e há variações entre os dois e os 10 docentes por escola, uma coisa situada na casa dos 10% de acordo com cada escola e que pode variar - mais para baixo do que para cima;
é de crise que se perspectiva, pois muitos contratados deixarão irremediavelmente o sistema; é de constrangimento que se perspectiva, pois muitos que têm os seus lugares assegurados correm o risco de terem de concorrer;
contudo é também de oportunidade que se trata, saibam as direcções das escolas mobilizar os tempos e as circunstâncias;
pessoalmente não acredito que exista espaço para mobilidades, assim sendo, resta a circunstâncias de os docentes terem de ficar onde estão com ou insuficiências lectivas ou simplesmente sem componente lectiva; assim sendo, é oportunidade de reorganizar processos e procedimentos, cooptar quem de direito para apoios e outras estruturas intermédias que sempre foram referência de necessidade nas escolas e que, por razões várias, nunca se organizaram; é agora oportunidade;
mas fica-me a dúvida, saberão os senhores directores aproveitar as oportunidades em prol dos alunos, do trabalho docente que vai para além da sala de aula, de resultados escolares ou simplesmente ficarão pela inacção ...

diatribes

a discussão entre a redução do número de deputados e a revisão administrativa do país, têm mais em comum do que se espera;
mas andar a dizer uma coisa agora e outra logo, de forma desgarrada umas das outras, apenas reforça a necessidade de repensar não as políticas, mas os políticos;
e ele há políticos que nem de encomenda...

sol e azul

dia bonito, com sol e muito azul no horizonte;
ficar por casa não foi a vontade, optei por andar de volta da courela, moto-enxada nas unhas e vá de andar de um lado para o outro até que a gasolina se acabou;
ainda assim aproveitei a nesga de bom tempo que se afirma e andei a podar árvores;
é cansar o corpo, pois a cabeça, essa, já deu o que tinha a dar...

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

política

que é fim de ciclo que se trata parece que é de consenso, ainda que varie o tom, entre a boca pequenina e as expectativas que foram criadas e algumas alimentadas;
que tudo aponta para que o tempo socialista tenha chegado a um ponto de indecisão e se regresse ao confronto eleitoral tudo assenta na dúvida do quando e do como;
contudo, nem tudo é mau, nem tudo deve ser diabolizado; talvez os fazedores de opinião possam falhar, pelos prazos, pelas condições, pelos desejos; como se devem aguentar expectativas e não criar castelos no ar;
o que faz falta, nesta altura, diz respeito à política, à capacidade de apresentar ideias, defender opções, justificar orientações, ouvir as pessoas, trocar argumentos, alimentar ideias; coisa que tem sido pouca e muito fraca, seja no nacional, seja no regional, onde, entre uns e outros, se denotam interesses instalados e que condicionam, ou procuram condicionar a acção;
se existir mais política, no pleno sentido grego do conceito, estou convencido que este fim de ciclo se prolongará;
resta saber se é um estado comatoso recuperável ou se final, o tempo o dirá...

stresse

reconheço que gosto de algum stresse, da pressão de ter coisas para fazer, calendários para cumprir e sentir essa pressão sobre mim;
faz-me trabalhar, obriga-me a organizar as tarefas, a priorizar as acções, a definir objectivos;
como alentejano que sou quando não tenho coisas para fazer, ou elas são poucas e se estendem pelo tempo, relaxo, não ligo;
agora quando a pressão é excessiva, o físico já se começa a sentir;
ando em stresse com o meu trabalho, pedi mais um ano de prorrogação, aguardo resposta, mas envolvo-me naquilo que me falta e, como consequência desta pressão, também a tensão sobe, ando tenso, mais irascível, mais inconstante, o humor ressente-se;
é de stresse e este não é lá muito bom, mas terei de o aguentar, pois claro... 

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

reorganização

a possibilidade de se rever o mapa municipal nacional é, entre ousadias e temeridades, qualquer coisa que provocará discussão, conflito, confronto, uma arrumação entre bons e maus;
por um lado, ninguém, ou quase ninguém, coloca em causa a necessidade de se repensar o mapa autárquico, manifestamente desadequado dos anos 60 altura em que aquilo que temos foi criado; o crescimento urbano, os desquilibrios interior litoral, norte sul, urbano e rural ditam a necessidade de se repensar esta realidade que terá de ir muito além do que pontualmente tem sido feito com a criação de concelhos ou freguesias;
contudo e por outro lado, tenho sérias dúvidas que se consigam arranjar pontos de consenso ou sequer de equilíbrio, pois ninguém aceitará mudar;
ficarei atento, defensor que sou da reorganização do mapa de portugal...

insinuações

progressivamente, fruto das vontades de acesso ao poder, começam-se a vislumbrar as linhas de orientação de política educativa dos concorrentes;
já nem falo dos debates televisivos, basta tomar em conta notícias, como esta, ou comemorações como ontem tive oportunidade de participar aqui pela minha terrinha;
se, no meio das confusões até podem existir algumas boas ideias, o certo é que se corre o sério risco de se descambar no liberalismo do mercado onde o Estado apenas é sal diluído no mar;
comecem-se a perspectivar as alternativas, pense-se naquilo que se tem e naquilo que se quer;
aquilo que se insinua por entre conversas e discursos é um retomar de políticas que certamente irão destacar algumas dores profissionais;
se de crescimento, se de consolidação, isso é o que se verá...