quarta-feira, 12 de outubro de 2011

pulguinha

com as recentes nomeações, para a área da saúde no alentejo, fico com a pulga atrás da orelha;
continuo a dizer que acredito no pai natal e no coelhinho da páscoa, em coincidências é que não acredito e não terá sido coincidência a nomeação, nem a substituição de quem se perspectivava;
decidida à revelia de quase tudo e quase todos, apenas agrada a alguns, uns poucos que terão certamente outros interesses;
quais...

da cozinha

o alentejo está entalado nas malhas que uns e outros lhe teceram, obrigam tudo e todos a deitarem-se numa cama que alguém fez;
as nomeações regionais do actual governo dão conta da falta de capacidade do alentejo, das estruturas aqui existentes, contrariarem questões de cozinha;
não é de agora nem sequer tem a inovação deste governo vem detrás, de muito atrás, este silenciamento a que os alentejanos têm sido votados;
as questões políticas discutem-se e decidem-se na cozinha, por entre aventais e luva branca, longe das estruturas partidárias, são questões onde alguns lojistas dessa cozinha cruzam interesses e se afirmam contra tudo; 
até quando...

domingo, 9 de outubro de 2011

trabalho

já aqui escrevi uma vez que a minha tese tresanda a cerveja, jameson e jazz;
são companhias indefectíveis na escrita e no trabalho, compensam significativamente o isolamento, a solidão, acautelam um acelerado processo de estupidificação;
vai daí e ao ouvir um génio do trompete o trazer para este cantinho...

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

cortes

perspectivam-se cortes e mais cortes;
na escola onde estou começamos a fazer contas, apenas qual merceeiro do antigamente, entre o que se tem e o que se deve e aquilo que fica;
da contabilidade sobressaiu uma preocupação; perante os cortes anunciados corre-se o sério risco de, a meio do próximo ano, trabalharmos à luz das velas, se trazerem mantas de casa; perante os aumentos da electricidade e a não haver compensação para o efeito, não sei como será...

professor

hoje, para além da república, o dia é também dos professores;
dia reconhecido e assumido pelas entidades internacionais para que, pelo menos uma vez no ano, qual natal ou dia disto e daquilo, se mostre o trabalho e o papel destes profissionais;
sou professor, escolhi a profissão e gosto de o ser, de me relacionar com este e com aquele, ouvir esta e aquela opinião, de trabalhar com os outros e para os outros;
ontem, e aqui fica o meu contributo, perguntei a um pequeno grupo de alunos se estavam a faltar, disseram-me que não apenas tinham aulas às 15h30, larguei o comentário que há grandes vidas, respondeu-me um que trocava comigo; vamos a isso, eu vou à aula e tu para o gabinete; afinal não quis;
que a profissão docente seja uma permanente reinvenção e crítica...

bolor

o discurso do presidente da república, no seu dia, deixou no ar um aroma a bolor, bafiento, com resquícios de um antigamente muito próximo do probrezinhos mas remediados e limpos;
é um discurso que prolonga a conversa do governo, de quanto pior melhor, para ressuscitarmos qual fénix, por obra e graça de um salvador pátrio;
é um discurso que não tem cabimento no espírito republicano, nem nos tempos que correm, onde se pretende que algo ou alguém nos conceda a luz de um qualquer futuro, nos faça perceber os sacrifícios e entender para onde vamos;
foi bafiento...

não se aguentou

o velho e novo blogue cá da aldeia, o atras dos quintais (sic) não se aguentou, era de esperar;
em terra pequena é difícil aguentar as diatribes daqueles que gostam de controlar o local, que nada se diga e tudo se cale;
é pena que não se tenha aguentado, faz falta um espaço de debate, senão mesmo de acusação, ao que não se passa nesta aldeia, ao esquecimento a que está votada por parte da câmara e da maioria dos vereadores, aos silêncios e omissões a que, o único espaço que cresceu entre censos, está sujeito, aos privilégios de uns e ao esquecimento de outros;
não se aguentou, hão-de aparecer outros...

domingo, 2 de outubro de 2011

prémio

o ministério roeu a corda na entrega dos prémios de mérito aos alunos que terminaram o ensino secundário;
alguns dirão que tem toda a legitimidade para o fazer, que é dinheiro que se poupa;
legitimidade tem, razão é que não; poupar sim senhor, mas não serão certamente os oitocentos mil euros que irão cobrir fundos e mundos do ministério;
na minha escola a câmara assumiu o encargo, e fez muito bem, reconhecendo e recompensando aqueles que obtiveram o mérito no final do secundário;
e não é de mecenato que se trata...

sossego

em terra de sossego aparecer um blogue anónimo que chama as coisas pelos nomes, dá luz e cor às situações, parodia uns e outros é coisa de monta;
por razões várias não tenho frequentado os centros de informação e comunicação cá da terra, mas imagino os adizeres que uns e outros procuram na caracterização - quando não mesmo na tentativa de identificação - de quem aponta o dedo e diz que está mal;
pena foi que ontem, ao final da manhã, não tenha tirado uma ou outra imagem da "rua das laranjeiras", passada que foi a feira de mercado, a rua apresentava-se em triste figura;