sexta-feira, 24 de junho de 2011

poupança

na preparação do próximo ano lectivo, é verdade, preparo o próximo ano lectivo, e faço-o a pensar na escola, essa coisa que me está sempre destinada, moía a cabeça sobre um dos meus problemas de sempre, como registar e anotar observações sobre o trabalho dos alunos, as aulas, reuniões e coisas que tais;
vai daí e moí-me na elaboração de uma base de dados, pedi, inclusivamente, ajuda a um colega engenheiro para a sua configuração; depois de moer a cabeça, só depois, resolvi partir à busca do que existe na net - para além dos sempre prestáveis livros que qualquer editora da educação disponibiliza, mas que nunca utilizei, por os considerar, há muito, pouco práticos e nada apelativos;
vai daí e referenciei este sítio que apresenta, nada mais nada menos que 5 sítios com registos on-line;
estão em inglês, é certo, mas já experimentei os dois primeiros e reconheço-me rendido quer aos suportes, quer ao cloud computing - o que é 1 e 2
são os desafios a que a nossa escola está sujeita, permanecer e insistir em aulas expositivas, é dar na cabeça aos alunos e estragar o espírito aos professores;

tentáculos

um dos temas quentes, para além do dia, na área da nova política educativa diz respeito ao papel das direcções regionais; há quem defenda a sua extinção, pura e simples, quem teça cobras e lagartos da sua acção;
como regionalista que sou, não sou a favor da simples extinção de uma direcção regional, seja ela a da educação ou qualquer outra;
mas concordo que necessitam de ser revistas no seu figurino de funcionamento e de objectivos atribuídos; é certo que muita da gente que está numa direcção regional se tornou mero funcionário, funcionalizando, desse modo, a estrutura e a sua acção e a relação com as escolas; há muitos que pararam no espaço e no tempo, que mostram claras dificuldades em se relacionaram com novos e diferentes processos que surgiram no trabalho escolar;
mas precisa-se de apoio e orientação para uma maior contextualização das políticas educativas, acções de acompanhamento e reforço do que são os desequilíbrios do sistema, um conhecimento de proximidade para a elaboração de medidas de política; coisas só possíveis com a existência de estruturas desconcentradas;

DaNação

a minha lista de blogues reflecte um pouco aquilo que sou; 
alguma diversidade, muita pluralidade e o reconhecimento que na diferença podemos ser iguais;
cresci habituado ao debate, à troca de ideias e à discussão que, aparentemente sem sair do sítio, enriquece quem troca palavras e argumentos;
a lista de blogues tem crescido nos últimos tempos, pela sorte que tenho tido em referenciar um ou outro cantinho de discussão interessante, com argumentos válidos, com um posicionamento direi heterodoxo; 
vai daí e hoje coloco mais um DaNação,

terça-feira, 21 de junho de 2011

oportunidade

estou certo que, pelo menos pelos primeiros tempos, o novel ministro da educação, ciência e ensino superior, terá acolhimento, será terreno fértil para muitos dos professores da escola básica e secundária;
a sua retórica sobre a exigência, o rigor, a necessidade de trabalho vai fazer com que muitos professores regressem à escola liceal, filtro social daqueles que não têm outra oportunidade, facilitador de processos docentes, deixando para trás aqueles que não se empenham, que não trabalham;  
não se empenhou? paciência, chumba; revela distúrbios sócio-afectivos? outros que resolvam; não se interessa pela escola? alheta, rua, sociedade;
o rigor, a exigência, o empenho será manifestamente o lado mais fácil de resolver a questão, mas será também aquele em que muitos docentes, agarrados a memórias selectivas, se irão reconhecer; o que fazer do insucesso, daqueles que não atingem resultados? isso é o que eu vou esperar para ver, se a opção irá recair sobre o aluno, acentuando o filtro social de outrora, ou se sobre o trabalho docente, e aqui aguardo, uma vez mais...

tuguês

entre erros e omissões há uma ideia que caracteriza muita da nossa gente, a da necessidade de desvalorizar o outro para que se valorize, de apoucar uns para que se destaquem outros;
é um exemplo típico do tuga, não sei onde enraíza, onde se formou, mas que é hábito nacional é;
em vez de nos afirmarmos pela qualidade será, aparentemente, mais fácil apoucar o parceiro, em vez de sermos argumento, usamos a desvalorização, em vez de fazermos melhor apenas desfazemos o outro;
são exemplos que grassam um pouco por todo o lado...

orgulho

orgulho pelo erro, prazer pela incorrecção; 
que seria de nós se não fosse o erro, não saberíamos qual o lado certo;
fico orgulhoso e sinto-me claramente privilegiado quando sou alvo de atenção, me corrigem os erros; 
erro, é verdade, dou erros ortográficos, é verdade, não sou exemplo de boas práticas e saudáveis atitudes, é verdade, mas que isso me faz sentir orgulhoso, também é verdade;
por três razões;
há gente que por aqui passa e me lê, lê o que escrevo com a atenção do pormenor da escrita; é um privilégio, eu que sempre que escrevo o faço para mim, como se mais ninguém visse ou lê-se o que escrevo, como erro também aqui;
depois porque me facultam uma atenção e uma publicitação da qual não serei o mais merecedor; este meu cantinho de escrita está referenciado em muito pouco lado, um ou outro da educação, um ou outro da região, coisa pouca quando comparado com aqueles que, por uma ou outra razão, estão em todo o lado emparelhando com filiações ou sectores, amizades ou simples reconhecimento; com as referências com que me prendam, dão destaque e visibilidade a este meu cantinho, o contador ganha velocidade, mas não há filas de espera, felizmente;
finalmente porque chamam à atenção à grafia e não às ideias ou aos argumentos que por aqui disperso, comparo esta referência às referência que o meu orientador faz, quando o sinto preso aos pormenores da escrita é porque não há espaço para comentar os argumentos, as ideias; fico mais descansado, é verdade;
resta-me a tentativa de corrigir, de estar atento às referências de que sou alvo, da atenção que me concedem, de aprender com o meu erro, de referir que não sou exemplo a seguir, afinal que sou umano...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

cratês

pertinente a entrada do miguel, adequada tanto às expectativas como aos receios do que por aí vem;
expectativas relativas ao papel a reconsiderar para o ME, à relação entre opções de política e opções pedagógicas, entre discursos e práticas, entre o que se apregoa e a capacidade de execução;
tolerância é ponto assente como elemento essencial a considerar nesta nova gestão; acredito que o senhor, à semelhança de praticamente todos os seus antecessores, quererá deixar marca e utilizar-se a educação como campo de afirmação político e ideológico, contraponto ao que pretensamente tem sido; 
vamos ver no que dá...

desequilíbrio

depois de se conhecerem os nomes do novo governo, de ter passado um fim de semana sobre eles, de ter visto e lido alguns comentários, ter trocado ideias com gente mais conhecedora que eu, uma referência a este novo governo;
é desequilibrado, mistura políticos (que reconheço como essenciais enquanto ministros), com técnicos (em meu entender melhor enquanto secretários de estado), não sobressaindo nem uma nem outra das dimensões; apesar de muitos destacaram a dimensão tecnocrática do dito cujo, penso que vai ser um desafio equilibrar interesses, gerir competências, adequar opções e gerir o cão e o gato; 
este governo revela efectivamente a procura de equilíbrios dos interesses colocados em jogo entre os partidos - e os seus programas - que compõem o governo, procura fazer uma quadratura do ciclo e agradar a gregos e a troianos, não agradando nem a uns nem a outros;
como está em estado de graça, pelo menos até começarem a falar e a gerir agendas mediáticas, vamos ver no que dá...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

carreira

uma das propostas do acordo político entre psd e cds, para a área da educação, passa pela criação da figura de director escolar enquanto carreira e não apenas opção pessoal/profissional;
tenho algumas dúvidas quanto a esta opção, marcadamente mais retórica que de eficácia, seja ela escolar ou económica, pedagógica ou gestionária;
como mostra o facto de os gestores hospitalares terem de ser de carreira e com formação específica na área da gestão hospitalar, mas desde que existem não tem dado mostras de eficácia ou de eficiência; 
muito provavelmente e de forma talvez mais eficaz poderá ser a solução da contratualização de objectivos de escola, com recursos e condições - desde que se salvaguardem as questões em torno da equidade social e escolar;
esperar para ver...

exames

o tema dos exames está na ordem do dia;
primeiro porque estamos na época deles, segundo porque a pretensa defesa de uma meritocracia e exigência educativa os irá impor, talvez sorrateiramente, talvez nem tanto, no final de cada ciclo de ensino;
o miguel tem uma excelente entrada sobre o tema
é tema que cruza olhares e opiniões, confronta modelos e troca valores sobre o papel da escola e da educação, do esforço e dos resultados, da pretensa qualidade de uma escola e não de outra, do empenho dos alunos e do trabalho dos docentes;
os que os exames nos sugerem, para além de elemento regulador (entre múltiplas dimensões) da avaliação e do trabalho escolar, remete para os fins da escola e da educação, se consiste em criar filtros em determinadas posições, se a treinar para o sucesso; e, se é de treino que se fala, não é de jogo, se é de jogo não é treino ou será um jogo treino ou o treino de um jogo...

espanto

é no final de cada ano lectivo, que surgem caras de espanto;
espanto pelas notas obtidas, pelos resultados alcançados, por isto ou por aquilo que, de uma ou de outra forma, desagua no final de cada ano lectivo, reflexo do trabalho de uns e de outros (ou da sua falta), da adopção de estratégias, mais ou menos adequadas, dos empenhos colocados, ou nem por isso;
inerente a este espanto existe, ao mesmo tempo, um cruzar de sentimentos entre docentes e direcções, pais e alunos, que mostram coisas desde o assumir da responsabilidade à desresponsabilização, da culpa à culpabilização, da dúvida metódica às certezas absolutas;
uma coisa é certa, o espanto, ou nem por isso, é apenas o resumo de um ano de trabalho e, muita das vezes, corre o sério risco de se repetir no ano seguinte, qual eterno retorno a nós mesmos...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

regionalização

manifestamente desenquadrada no espaço e no tempo, falar de regionalização nesta altura do campeonato é desadequado e, talvez, politicamente pouco correcto;
contudo, quando se prepara o aparecimento de um novo governo e de outros protagonistas políticos, torna-se essencial pensar qual o papel dos serviços desconcentrados na acção do Estado, quais as suas funções e objectivos, os seus âmbitos e interesses;
ao Estado compete gerir o colectivo em detrimento de interesses particulares, mas, no que toca aos poderes, o espaço é sempre pouco para satisfazer interesses e oportunidades, conhecidos e amigos;
que os serviços desconcentrados têm, na sua generalidade, de ser reorganizados poucos têm dúvidas; que têm de ser redefinidas funções e competências, de modo a evitar o cinzentismo que caracteriza muita da administração pública, também restam poucas dúvidas; 
pela educação há duas ideias que espero ver com a curiosidade dos ignorantes; qual a separação (e complementaridade) entre regulação da educação e a inspecção da educação; discursos da autonomia (muito provavelmente via contratualização) e acção, isto é, o que se apregoa e o que se pratica e, acima de tudo, qual a sua versão sala de aula;
no meio de uma e de outra das ideias, o papel e a acção dos serviços desconcentrados têm de ser repensados;
existirão competências para isso... 

política

aquilo que se passa um pouco por toda a europa, contestação social, provocação política, confrontos policiais, manifestação de jovens e de sectores, é fruto de uma crise importada e da manifesta falta de ideias dos senhores que conduzem os destinos da união europeia;
esta crise e a situação que a europa vive mostra, acima de tudo, que não podem existir soluções meramente económicas para aquilo que é uma crise política;
crise de sentido e de desafios; consolidada a união europeia, feitos os alargamentos necessários, falta espaço para novos desafios, de repensar o modelo social europeu, o papel de cada estado no contexto de uma união, das economias locais e sectoriais no contexto global;
para onde vamos nós é uma questão que todos colocam e sem o dizer...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

estranho

no mínimo é estranho;

a câmara de arraiolos cria uma nova unidade orgânica na área da gestão estratégica e relações institucionais para a qual requer um técnico com formação na área da produção animal??????????? 

ou a gestão estratégica relaciona-se com bestas ou a produção animal virou institucional, só pode;
há aqui qualquer coisa que não bate certo, mas muitos dos arraiolenses saberão explicar, bem melhor que eu;

discussão

em diferentes reuniões por onde tenho andado, sempre de volta do tema da educação, há diferentes ideias que se movimentam por entre argumentos e discussões;
uma, que as melhores soluções são sempre dos outros e para os outros, que há uma manifesta dificuldade de contextualizar e adequar respostas a problemas locais; neste campo, há quem tenha maravilhosas, quando não mesmo milagrosas soluções para os problemas do país e do mundo e se esqueça da sua casa; 
outra, diz respeito à descontinuidade entre agrupamentos e escolas onde, as primeiras, apresentam preocupações em torno de processos, da integração do aluno na escola e das relações com a comunidade; as escolas, pelo contrário, evidenciam preocupações em redor das competências e da formação; aparentemente não há continuidade entre uma e outra das preocupações, uma e outra das dimensões;
mas é a discutir que nos entendemos...

terça-feira, 14 de junho de 2011

hipótese

sinceramente, sinceramente não acredito muito em significativas alternativas políticas; será mais do mesmo mas por outros nem tão diferentes assim como se pensa ou julga;
nem nacionais, nem regionais, mas fico-me, por esta divagação, pelo regional;
o situacionismo de que uns falam não se fica pelo nacional, replica-se no regional e no local, em situações de mimetismo de marioneta, de pensamento único, da razão do poder e não do poder da razão;
há que agradar a uns e a outros, equilibrar interesses e gerir pretensões e protagonismos; 
resultado, não saímos da cepa torta, desta pescadinha de rabinho na boca, qual cão que corre atrás da cauda; 
mas precisa-se - desesperadamente - que a região seja capaz de se afirmar, defender uma ideia regional comum mas não única, que exista unidade mas não unicidade, articulação e colaboração sem submissão ou dependência;
o meu ps não fez nem um nem outro e foi o que se viu, face às características que têm sido ventiladas não acredito que o psd seja capaz do seu contrário, seguirá o mesmo caminho... um, o do esvaziamento político e institucional da região, e outro, da derrota, senão eleitoral, pelo menos social;
são hipóteses a considerar...

diz-se

diz-se que a educação vai ter rendas...
não conheço, não me prenúncio, espero para ver; agora punhos de renda é outra coisa, ah pois é...

projectos

já aqui o afirmei, tou por seguro na afirmação da liderança socialista;
estou com seguro por estar seguro que pode ser uma oportunidade de, para além de se discutir uma liderança, se discutirem projectos, debaterem ideias sobre o que o espaço do socialismo democrático, de respeito por uma matriz e uma história na capacidade de renovação e reconstrução, da capacidade de aproximar política e cidadania, eleitores e decisão; 
contudo, ao aperceber-me do tacticismo de alguns camaradas, receio que se perca uma oportunidade de debate e de discussão de projectos; uns, que ainda recentemente disseram ámen em missa de entronização mediática, dizem hoje o seu contrário, aqueles que defenderam posições mostram a sua capacidade de jogo e trocam de lugares como quem troca de camisa; 
que não se perca a oportunidade de nos pensarmos, de se assumirem erros e saber corrigir estratégias;
serão os projectos e as ideias apresentadas, corporizadas numa liderança, que poderão conduzir à re-afirmação do ps e não o seu contrário...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

mudanças

com novo governo, daqueles que defendem e afirmam a méritocracia, perspectivam-se mudanças e alterações no campo educativo;
campo fértil de demagogia e disponibilidade mediática a educação e a escola em concreto, são espaço de oportunidade para mostrar valores e ideias;
de forma directa nada tenho contra a meritocracia que a direita apregoa em oposição a um pseudo facilitismo da esquerda; 
mas fico para ver no que a escola pública se pode transformar com políticas de direita, se num espaço de trituração de oportunidades se num espaço de (re)construção de autonomias;

oportunidade

no meio de uma qualquer ressaca eleitoral, a que aconteceu a 5 de junho ou aquela que irá acontecer lá mais para a frente no meu partido, há que fazer das crises oportunidades;
é escasso relembrar que crise, em chinês/mandarim, tem essa dupla conotação, de dificuldade e de oportunidade;
para não ser escasso regresso a um autor clássico, cada vez mais presente e pertinente nos tempos que correm, hannah arent que, com simplicidade própria dos génios, diz que:


Uma crise só se torna desastrosa quando lhe pretendemos responder com ideias feitas, quer dizer, com preconceitos. Atitude que não apenas agudiza a crise como faz perder a experiência da realidade e a oportunidade de reflexão que a crise proporciona.
Hanna arendt “a crise na educação

domingo, 12 de junho de 2011

seguro

já ouviram aquele anúncio que quero estar seguro do seguro?
pronto, entre dúvidas, se é as houve, estou por seguro, tó-zé seguro;
é de diferença, talvez até de ruptura, de quebra entre o que foi e aquilo que se pretende que seja;
defendo o regresso às origens, a uma matriz que respeite história e tradição com capacidade de avançar, de romper e descobrir novos caminhos;
tou pelo seguro...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

desconfiança

e não é de política que falo, dessa fico à espera, sentadinho como bom alentejano que sou, dos desenlaces e desenvolvimentos, ouvindo, mas não dando ouvidos, às análises e projecções, perspectivas e hipóteses que são aventadas ao sabor dos ventos e das conveniências;
desconfio é que o meu fim de semana não vá ser por aí além;
o tempo não ajuda, os estados de espírito também não;

quarta-feira, 8 de junho de 2011

nomes

tanto pela capital como pela região, há nomes que circulam para isto e para aquilo, com este e aquele perfil, deste e daquele partido;
pelo governo central deverão passar pelo cueiro bipartidário, sendo sempre propostas algo aleatórias;
pela terra alentejana o crivo será mais fino, apesar das pretensas pretensões regionais de designar uns e outros; 
como a constituição das listas do psd mostraram há interesses a mais para que as designações sejam tão evidentes quanto alguns querem fazer crer;
por aqui, para os serviços desconcentrados do polvo, há nomes para quase todos os gostos, tendências para diferentes lados, apostas sobre isto e sobre aquilo; 
é de pressa que se trata, a sofreguidão assim o dita, mas é inimiga do bom senso...

espingardas

fechado o ciclo socialista abrem-se as portas para a renovação;
não sei se será de primavera que se trata, espero, pelo menos, que não seja como esta primavera, onde têm predominado os tons cinzentos e, pelo dia de hoje, o frio que se faz sentir, denotando algum desfasamento entre o esperado e o que temos;
no meu facebook já tenho pedidos de apoio para uns e para outros;
conheço, desde os tempos da j tó-zé seguro, não conheço assis; 
apontei - qual ousadia e temeridade - alguns dos aspectos que devem orientar um líder; em 2005, antes de tudo e de todos, apoiei sócrates; agora espero para ver;
perante aqueles que agora se perfilam  fico com a sensação de passagem e não de estabilidade;
é a contagem de espingardas que se inicia, espero pelos tiros do debate...

terça-feira, 7 de junho de 2011

papões

já agora e só para finalizar o dia de hoje, só tem medo dos papões quem tem fantasmas nos armários ou esqueletos no sótão;
política e profissionalmente não tenho nem uns nem outros; durmo descansado, sem monstros debaixo da cama...

descontracção

chegados ao fim de um ciclo a minha escrita solta-se um pouco mais sob o ponto de vista político e institucional;
é certo que muitos, de partidos que não aquele em que milito, me disseram que um dos grandes objectivos que o meu partido tinha para a minha pessoa era o de me calarem; não acredito;
calar, calar, não conseguiram (apesar daquilo porque passei), mas tornei-me mais comedido em alguns apontamentos, acima de tudo por respeito e consideração por pessoas que merecem a minha amizade;
há muitos defeitos que me podem apontar, mas há um que ninguém me pode referenciar, o de falta de lealdade e de honestidade; mas há muitos que confundem espírito crítico com crítica, reflexão com deslealdade, entre outras coisas;
mas não, não sou fiel, esse é o meu cão, mas respeito quem me merece respeito, considero quem se dá à consideração; quando se quebram estas barreiras, resta-me a descontracção quer da minha escrita quer da minha pessoa às situações fruto, acima de tudo, do descanso em que repousa a minha consciência;
e cada um fica com a sua...

perspectivas

como socialista que sou, conjugado com a progressiva afirmação de uma ideia de optimismo pela vida, olho as circunstâncias sob diferentes perspectivas;
decorrente das eleições e de sócrates - não o ps - ter perdido as eleições, penso que assim se verão (e sentirão) as diferenças de um partido de esquerda governar com políticas de direita; agora sim, existirá a pretensa coerência entre políticas de direita e governo de direito e poder-se-ão apreciar as diferenças; 
por outro lado, ainda bem que o este ciclo chega ao fim, senão daria em doido até finais de agosto nestas minhas funções, constantemente despejado de atribuições, desprovido de objectivos e circunscrito a um dolce fare niente até parece que sou oposição - deve  haver gente que pensa isso;
não que me incomode por aí além, ainda que nunca tenha gostado do sentido funcionalista fosse do que fosse; mas não gosto de ver pessoas que estimo e considero a perder o tacto e o bom senso que as caracterizava, apenas porque um ciclo chega ao fim; 
não deve ser por isso, devem ser apenas e simplesmente outras perspectivas, diferentes das minhas...

ah pois é

repare-se apenas na hora desta posta;
estava na cama qual picanha que se quer bem passada, ora vira daqui, ora vira dali; 
para além de não dormir corria o risco de incomodar quem dormia descansada e recupera do dia;
ah é? então bule de castigo para frente da máquina;
a cabeça não parava de rodar em torno do trabalho que me falta, as ideias afluíam sempre com outras perspectivas de abordagem e, acima de tudo, de escrita;
se assim é nada melhor que aproveitar a dita cuja insónia e ir ver o que dão as ideias que me obrigavam a ficar bem passado na cama;
será que aqui e a esta hora funcionarão melhor, é o que irei ver;

segunda-feira, 6 de junho de 2011

com a devida referência, oriunda do dono destes devaneios, fica aqui uma análise simples e prática dos resultados de ontem no distrito de évora;
destaque para a perda de votos do ps quase que directos para o psd; a subida percentual da cdu apesar da significativa perda de votos; 
para pensar, reflectir e ver o que se segue.

ciclos

fecha-se um ciclo, inicia-se um outro;
mudam protagonistas, tenho dúvidas se as políticas mudarão tanto quanto os protagonistas;
gostei dos discursos de sócrates, uma despedida corajosa com custos significativos para o partido, e de passos coelho, denotando alguma da humildade necessária para enfrentar os tempos e os anseios; ver-se-á se não será trucidado pela sofreguidão do poder que alguns evidenciam;
no ps inicia-se um novo ciclo de liderança; precisa-se de gente com visão, uma estratégia política para os problemas económicos, ideias onde predominam preconceitos, renovação respeitando tradição e história, onde se consiga aliar inovação com ideologia;
mesmo na região precisa-se de repensar tanto o presente como o futuro, os actores e protagonistas, as ideias e os modos, a acção e a visão;
como ontem sócrates referiu, não interessa dissecar o cadáver, mas olhar para trás para sermos capazes de definir o caminho do futuro;
é um novo ciclo...

sexta-feira, 3 de junho de 2011

quase

último dia de campanha, de uma campanha que aqueceu ânimos de poder, que arrefeceu quem se distanciou da realidade ou a construiu de acordo com o seu olha particular e individual;
chega-se ao fim de uma campanha onde muito se disse, mais se gritou mas pouco se esclareceu;
esta campanha, talvez como qualquer outra, caiu na banalidade de nada nos dizer quanto a opções para a nossa vida colectiva; 
que se passará com a avaliação docente, com a reorganização da rede educativa, com o currículo, para já não falar em como se implementarão as célebres medidas da troika que, pelos exemplos da irlanda e da grécia, se confirma que não chegam as soluções da economia para resolver uma crise económica; 
chegamos ao fim e vejo uns debandar, outros tornarem-se inocentes e outros afirmarem o contrário do que fizeram ao longo de anos;
começo-me a convencer que o psd não irá governar o país, parece que já o governa há muito, eu estava era distraído...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

escritas

a propósito de escrita hoje o público traz dois excelentes artigos de opinião - infelizmente ainda não disponíveis on-line;
são daqueles em que me reconheço tanto na escrita, como nas ideias;
um sobre o facto do ps, o meu ps, não perder eleições, não as perde porque não concorre; o meu ps afastou-se das pessoas e do quotidiano, criou a sua própria realidade, muitas vezes expressas em discursos de difícil, senão mesmo incompreensível aceitação por parte daqueles que criaram a sua realidade; centralizou-se aquilo que deveria ser descentralizado, concentrou-se o que devia ser desconcentrado, retiraram-se capacidades onde existiam competências;
foi excessivo;
nem tudo foi mau ou negativo, como nem tudo foi um mar de rosas, mas a minha grande crítica ao partido em que irei votar, apesar de tudo, é a da distanciação, a da criação de um buraco entre governo e governados, entre políticas e público;
não perspectivo melhorias, sendo certo que algumas moscas mudarão e os tempos serão outros;

vício

não tenho escrito para evitar devaneios desnecessários, desconsiderações inoportunas, como se me preocupasse com isso;
escrevo devaneios, ideias soltas que percorrem a escrita do meu dia a dia como forma de me pensar e de pensar os dias; não escrevo aqui, mas não deixo a escrita por mera questão de vício; é de vício que se trata, olhar o meu pensamento na escrita;
por isso não deixo a escrita, nem aqui nem nos cadernos que me acompanham, sejam eles o pessoal ou o profissional;
é vício