quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

votos

na impossibilidade de o fazer pessoalmente, pelo menos perante todos aqueles que desejaria, aqui ficam os votos de um valente 2010:
que Portugal seja campeão do mundo;
que o Benfica seja campeão nacional;
que Manuel Alegre se chegue à frente para a presidência da república;
que o impasse negocial do Ministério da Educação seja resolvido a contendo;
que baixem os impostos;
que o preço dos combustíveis não suba mais;
que a minha confraria ganhe vida e dinâmica social; 
que haja saúde...

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

amizades


há amizades e conhecidos, companheiros disto e daquilo e outros que aprendemos a admirar;
o Miguel era uma pessoa que nunca tinha visto; trocamos ideias, frontais e abertas, discordamos e mostrámos desacordo entre um e outro; aprendi o respeito que me merece, a consideração que lhe devo;
raramente fala das suas preciosidades, como se este espaço fosse restringido a essa dimensão profissional;
ainda hoje me reconheço em muitos dos textos que apresenta, apesar de discordar de alguns deles; é um dos elementos docentes mais antigos na coisa da blogosfera e, também o reconheço, mais coerente;
parabéns pelo aniversário, arriscas-te a entrar na escolaridade obrigatória (se houver vaga) e a ser trucidado pelo sistema; um forte abraço;

etiquetas


desde que o blogger permite identificar as entradas com etiquetas, resumos dos assuntos que são tratados em cada espaço pessoal e individual, que criei um conjunto de entradas (assinaladas aqui ao lado) que têm permanecido quase que inamovíveis, inalteráveis; permitem aferir da economia destes textos e das preocupações que orientam cada entrada - apesar de falar e escrever sobre muita coisa, as minhas preocupações de escrita são bem constantes;
hoje, porque não deixo de valorizar o banal, acrescentei-lhe uma nova etiqueta, a das banalidades;
para além do predomínio que as etiquetas referentes a "coisas de nada" e a "divagações" assumem é agora vez de uma ainda mais instrutiva e esclarecedora, a das banalidades;
fiquem bem...

balanços

o final do ano, de cada ano, apresta-se a balanços;
este não fugirá à regra e cada qual fará o seu; entre o deve e o haver, certamente que muita tinta correrá entre o pensamento de cada um de nós;
no início deste ano, no moleskine que me acompanha para quase todo o lado, escrevi uns quantos desejos/objectivos para o ano que agora termina - coisas gerais, coisas pessoais, poucas ou nenhumas profissionais;
faço o mesmo, aproveitando o balanço que lhe faço, para o próximo ano;
o mais interessante é que se comprova que sou quase incapaz de desenhar objectivos profissionais; sou sempre surpreendido pelos acontecimentos;
e há quem acredite que sou eu que os defino; mas não sou...

bons

depois da primeira ronda negocial, deste primeiro período, entre o ministério da educação e os respectivos sindicatos, a senhora ministra diz que são os professores avaliados com muito bom e excelente que fazem andar o sistema;
pronto, sinto-me excluído, fui avaliado apenas como bom, ou bonzinho;
isto porque, simplesmente, apesar de me encontrar a frequentar e a desenvolver uma tese de doutoramento não foi considerada no processo de avaliação;
é justo, sou eu que a pago, está distante dos cofres do ministério, é minha e não do sistema; afinal quero o quê...

boas ideias

anda a circular pelos correios electrónicos e está disponível no sítio do youtube uma excelente ideia da TAP;
dá conta das boas festas a quem, pelas 6 e tal da manhã deste mês de Dezembro, ia apanhar o avião;
uma tão boa ideia que, digo eu, quem a pensou merece o vencimento;

quase

quase, quase no fim de mais um ano;
isto anda a passar demasiadamente depressa, excessivamente rápido, mal se dá conta e um ano está de volta, outro se inicia - ou se apresta para iniciar;

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

interesse


há blogues que geram rios, resmas, paletes de interesse, é o que afirmam as notícias;
por mim e neste meu espaço, dá para contar os passantes, qual estrada alentejana em tempo de estio, um após o outro, espaçados, espaçadamente, dá tempo, entre um e outro passante, para quase tudo;
mas são amigos, sei disso, os poucos passantes que por aqui deambulam, curiosos pelos dias e, acima de tudo, pelas opiniões;
contudo, pelos números, dá para perceber que o interesse é curto, que escrevo essencialmente para mim, como sempre, uma forma de racionalizar os meus dias, de os pensar na ponta dos dedos...

moenga

para além de alterar este visual andei a imprimir o material que possuo da tese;
já lá vão 5 anos (isso mesmo, 5 anos) de trabalho de volta de uma tese entre indisciplina, regulação de condutas e instrumentos de regulação;
vou entrar no período crítico, pretensamente o último ano que temos (ainda restamos uns quantos, bons e resistentes) e resolvi efectuar um ponto de situação;
imprimi quase tudo, o quase é que se acabaram as folhas; dá para ver o que já produzi e que pretensa qualidade apresenta;
como dá para ver o que tenho pela frente e que calendário vou eu definir;
nada de mais...

passado

e o Natal já ficou para trás;
ficamo-nos agora por aquilo que poderemos ambicionar para um novo ano;
ainda não é ano novo, mas efectuo um refresh a esta página;
pensei em alterações mais significativas, mas... ná, não vale a pena;
por aqui ando e espero andar, devagarinho, há boa maneira alentejano, indo, um pé atrás do outro para ver onde me leva este meu andar de escrita...

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

vésperas

vésperas de Natal;
não houve o normal e algo habitual stresse de consoada; a distribuição de afazeres pela família, permitiu diluir alguns dos afazeres; compras já feitas e pouco há a assinalar nesta véspera de Natal;
a não ser a proliferação de mensagens sms que constantemente caem;
de repente sentimos que gente que ficou numa qualquer esquina da vida se lembra de nós, que somos, pelo menos nesta altura, alvo de lembrança e merecedores de mensagem, ainda que sejam iguais para quase todos e digam quase todas a mesma coisa;
votos de um FELIZ NATAL...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

papel

na última legislatura o papel da educação - e dos professores - foi determinante;
determinante na disseminação de um estado de espírito colectivo, no reconhecimento do entricheiramento social e profissional, no esbatimento de uma maioria absoluta, na crítica política, partidária e governativa;
o papel da educação e das sucesivas manifestações dos professores, trouxe para a ribalta mediática a possibilidade de constestação, mesmo perante uma maioria, a da discussão colectiva de interesses sectoriais, a afirmação social de uma classe que se sente esvaziada;
se antes o papel da educação foi determinante, considero que na actual legislatura não será menos importante, senão mesmo tanto ou mais determinante;
seja na gestão das expectativas, no equacionar dos ganhos e das perdas de uma maioria absoluta, do papel das oposições (políticas, partidárias, sindicais e sociais) no equilíbrio das possibilidades;
antes de forma evidente e, digo, estridente, agora de modo mais pacato e recatado, mas o papel da educação - e dos professores - mantém o seu aspecto de determinante absoluta do cenário político e governativo...

amorfismo

partidariamente a minha colectividade regional, o PS, mostra sinais de algum amorfimo;
coisa habitual, diga-se, marcada pelo absentismo de muitos, pela fraca quando não mesmo ausência de discussão política, pela débil articulação institucional e, particularmente, entre militantes;
fico com a sensação que as ideias estão discutidas e consertadas, noutros palcos, fruto de outros interesses, que é fruto de objectivos e não apenas consequência política, que acaba, quase sempre, por interessar aos mesmos e afugentar os do costume;
pena sinto que o papel regional e local seja, cada vez mais, entregue a outros e outros assentuem o nosso destino;

programas

a estrutura mais dura da educação tem sido mexida de alto a baixo;
é certo que o essencial e crucial, aquela dimensão pela qual é reconhecida a escola, caso da organização dos espaços e dos tempos educativos, essas ainda não foram mexidas na sua essência;
as notícias dão conta de uma eventual mexida na estutura curricular do ensino básico, perspectivo, a partir daqui, as eventuais mexidas nos programas (tantas vezes confundidos com o currículo), como nos processos de avalição dos alunos;
volto à minha tese, espero que se configurem margens necessárias e suficientes para o trabalho contextual, de diferenciação de escola para escola, futo das suas populações, dos seus projectos e do seu ideário, ainda que se possa configurar uma zona colectiva  nacional onde permaneça  se afirme a escola pública;

currículo

o currículo e falo do currículo do ensino, é algo contraditório em si mesmo;
é constituido por um misto algo difuso quando não mesmo confuso;
tem a sua componente de invisibilidade (o currículo oculto), tem a sua componente de dinâmica (adapta-se aos tempos e aos contextos), mas é também estático (construído para o futuro), impressionista nos valores que se reconfiguram;
dizem que vai ser alterado, fico à espera que sejam consignadas maiores margens de possibilidade contextual, de adaptabilidade fruto do desafios, de construção local ainda que, nas suas vertentes mais contraditórias, respeite o nacional...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

adolescência

parece que não, mas os filhos crescem e aprendem a conviver com novas realidades;
pelo contrário, os pais aprendem a viver com novos e outros receios;
a descoberta da adolescência traz os inevitáveis receios das companhias, como se fossem os outros todos os males, dos excessos, como se não os tivessemos avisado o suficiente, dos amores de uma noite, como se nunca tivessem existido conversas sobre isso;
mas crescer é isso, também é isso, é descobrir os receios e os espaços das possibilidades, é saber enfrentar tanto a autonomia como a responsabilidade dos nossos actos;
os pais esses reaprendem a viver os seus temposm de adolescência, agora no outro lado da pele;
e não é fácil...

emoção

custou mas foi;
desta o meu Benfica ganhou e soube sofrer;
não há desculpas (esfarrapadas ou legítimas) que aguente uma vitória, ainda para mais sobre o FCP;
termina a jornada de Inverno, vamos ver o que a Primaver nos reserva...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Natal

estamos em cima do Natal, o tempo favorece a recordação e a memória;
deixo o som de uma balada de Natal, do melhor que já ouvi...


dúvidas

o dia está como eu ou eu estou como o dia, vá lá saber-se

estúpido

não é muito meu hábito, mas sinto uma leve sensação de estupidificação;
procuro contrariar, sempre que possível, este meu estado de espírito, seja pelas leituras que procuro fazer, pelas amizades que partilho, pelas conversas que acontecem, pelas dinâmicas profissionais, sempre recreativas;
contudo, ultimamente, sinto que nem uma nem outras me consegue satisfazer, que me sinto parar em cada esquina, que as conversas ou não existem ou são chochas, em mim e por mim mesmo;
sinto que cada vez mais estou a estupidificar...

soltas

à medida que os dias passam, uns atrás dos outros, de forma paulatina como intempestiva, sinto os meus dias a aprofundar sentimentos e estados de espírito, modos e formas de ser e estar, comigo e com os outros;
em tempos ainda pensei corrigir algumas atitudes, rectificar algum do meu comportamento, aquele mais emotivo, apaixonado, irreflectido, assumir outras posturas, eventualmente mais assertivas, procurar alguns equilíbrios, quando não mesmo deixar cair algumas das minhas ideias;
os dias passam, os meses sucedem-se e os anos fazem com que me esteja nas tintas, quem gosta gosta, quem não gosta da carne coma as batatas;
já não sinto vontade e menos disponibilidade ainda para alterar uma forma de estar que se consolida com o tempo e com as experiências que por mim passam;
o resto...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

tremor

senti o tremor de terra e ainda pensei que pudesse ser eu a ressonar;
mas não; era mesma tremor de terra;

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

vicios

por este meu serviço concentradamente desconcentrado, confirmo algumas das ideias pré-concebidas (reconheço) que trazia;
não há hábito de se discutirem soluções, moem-se problemas;
por vezes compreendo as caras constrangidas do chefe;
até dá vontade de mandar tudo para Lisboa e, por lá, que se desenrasquem...

visões

o público de hoje traz um artigo que, face às opiniões ali presentes, considero desconcertante;
atão não é que até o senhor prof. nuno crato considera a possibilidade de não haver retenções;
assunto interessante que traz para a ribalta a discussão das inúmeras visões que se têm ou imaginam para a área da educação;
uns consideram a não existência de retenções como facilitismo e laxismo do sistema, outros como processo pedagógico de aprendizagem e correcção; tudo como se um e outro fossem temas "naturais" (ou naturalizados), sendo apenas e só visões, perspectivas que se detém sobre o sistema e o seu papel;
mas ter uma dada perspectiva sobre a escola e educação e persistir em modelos organizacionais desconjuntados é marcar passo...

misto

fico com a sensação que educação e política regional estão assentes no mesmo caldilho;
entre um e outro, reinam expectativas, uma paz tensa, um clima de nervoso miudinho;
quase que parecem os meus filhos, não querem mostrar ansiedade, mas estão desejosos que a noite de Natal aconteça e se desvelem as prendas...

passado

ontem escrevi sobre memórias, hoje sobre o passado, começa a ser história a mais;
mas eu conhecia aquela cara, não me lembrava de onde; o senhor até é um novel presidente de um município deste meu espaço;
conhece-lo-ia das andanças políticas, das aglumerações por onde todos andamos e somos quase sempre os mesmos;
mas não, conhecia o senhor por termos andado juntos no secundário;
irra, já passou tanto tempo que o passado se desvanece e as memórias se soltam...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

memória

um companheiro de trabalho trouxe-me hoje um agradecimento que lhe dirigi quando delegado regional do ipj;
papel timbrado com as cores e a identificação do instituto, palavras escritas por uma das colaboradores e assinatura cá do ge;
tempos engraçados e estimulantes que me permitiram conhecer realidades e dinâmica das quais agora estou afastado mas que prezo como desafios de futuro;
memórias, das quais somos feitos...

oportunidades

as novas oportunidades parecem que se dedicam às velhas situações;
depois das eleições Arraiolos esmorece na modorra das indiferenças, na passividade da pasmaceira, na incapacidade de contornar o óbvio;
aparentemente a poucos interessa outra coisa que não a manutenção desta indiferença, da desculpabilização pelos outros, como se os outros fossem os donos do nosso destino;
é uma gestão da ignorância alheia e da incompetência própria que define que nada se faça, que as obras permaneçam estagnadas, que nada aconteça...

jornadas

por terras alentejanas prosseguem as jornadas parlamentares do PS;
oportunidade óptima para a afirmação de diferentes interesses e interessados, da disputa de objectivos e de protagonistas;
no meio de tudo é de perceber como fica a afirmação de uma região que se degladia entre três pólos políticos e institucionais e carece da união entre eles...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

bocas

sou inimputável, ou talvez palhaço;
digo o que penso e, por vezes, nem penso o que digo...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

discursos

as negociações entre sindicatos e ministério da educação permite evidenciar como os discursos, as palavras criam os conceitos e definem uma dada realidade - e não o seu contrário;
depois de um impasse excessivamente longo, os discursos (1 e 2) são ligeiramente diferentes, temperados que os sinto pela expectativa de mais negociação e de uma gestão, sempre delicada, de interesses, capacidades e objectivos...

observação

a partir do meu ponto de observação não me consigo aperceber nem do trabalho dos professores nem do trabalho dos alunos;
há todo um restante misto, que mete famílias e autarquias, das quais me consigo aperceber;
contudo, entre o trabalho de uns e de outros, é perfeitamente possível percepcionar como se desenrola o trabalho dos professores;
e são poucas as escolas que vão para além do tradicional enclausurar do docente na sua sala de aula, sem mais, nem retoques nem perspectivas críticas de pensar o seu trabalho;
mas que as há, lá isso há...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

ditos

os blogues são parte essencial da construção de uma opinião ou de simples ideias;
pela parafernália de temas e assuntos que por aí abundam, torna-se fácil encontrar outras perspectivas, outros pontos de vista sobre a mesma coisa;
desde a opinião mais extensiva dos habituais colunistas, até contributos perfeitamente descomprometidos é possível encontrar tudo, literalmente tudo;
contudo, quando assente no anonimato e naquilo que designo de toca e foge, torna-se um instrumento de vil argumento;
será por isso que os blogues de e sobre évora não vingam, ainda que alguns com visitas bastantes? que razões existirão para que o tempo de vida dos blogues eborenses seja tão curta quando o bater de asas de uma borboleta?

doces

gosto da cozinha q.b.;
entre a obrigação e os pequenos devaneios, de quando em vez sozinho ou em companhia, fico de volta de tachos e panelas, tigelas e coisas que tais;
foi o que aconteceu hoje de manhã; há já algum tempo que me apetece bolo rei; hoje, entre a chegada da esposa e o almoço, foi um vê se te avias de roda de uma receita de bolo rainha;
saiu há pouco do forno, mas tempo suficiente para percebermos que a massa ficou mal ligada mas que é experiência para repetir...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

ocasião

mãe fora, filhos ocupados, tempo de espera e um conjunto que se conciliou para que a oportunidade fizesse o momento de me dedicar ao Natal;
andei pelo centro histórico da minha terra, vi montras e construí algumas ideias e acabei mesmo por comprar três prendas que já se encontram debaixo da árvore de Natal;

promessas

o ano apresta-se para terminar e, com esse fim, o eterno retorno de um novo ano;
para além de procurar as devidas e necessárias correcções, de modo a não cometer nem os mesmos erros nem as mesmas asneiras, penso adoptar alguns novos desafios, promessas que logo verei se serão execuíveis;
desde a conclusão da tese, à eventualidade de deixar de fumar, a diversidade é longa e o leque ambicioso...

amizades

há dias atrás re-encontrei um colega que não via há 20 anos;
de uma penada, em breves instantes, a conversa ficou em dia;
entre o que se fez e a família, fiquei com a sensação que a separação foi curta ou que a conversa é suficiente;

domingo, 6 de dezembro de 2009

boliço

mas é também tempo de reboliço;
nesta época do ano sinto um outro reboliço pelas ruas da minha e das outras cidades, um corre-corre diferente, uma azáfama que não se prende apenas com a pressa quotidiana;
os carros parecem diferentes, as luzes, em fim de tarde, dão um outro tom ao Inverno que se aproxima, ao cinzento dos dias;

tempo

tempo de Natal, tempo de criar os enfeites, adornar a árvore e desejar desejos;
de prendas, de dias felizes, de companhia, de prazeres, de desejos, de aquilo que entendermos...

sábado, 5 de dezembro de 2009

destino

temos, nós portugueses, uma cultura assente e arreigada no judaico-cristianismo;
talvez por isso, uma ou outra vez, num ou noutro momento, ateus ou agnósticos, como eu, nos questionamos sobre o destino;
se é fado ou fatídico, se crente ou construído, mas questionamo-nos sobre o destino;
ou será ele aquilo que dele fazemos? ou, independentemente do que fazemos, estará ele escrito, determinado?
será isto o destino...

planura

as coisas sucedem-se e, pelo menos aparentemente, quem as devia controlar não controla, quem devia ter voz não tem, quem devia defender interesses colectivos enleia-se em questões individuais;
a substituição de dirigentes regionais à revelia dos interesses políticos e partidários regionais é disso claro exemplo;
a planície vai calma e serena...

rapidez

tudo anda excessivamente rápido, os dias que passam de repente, as semanas que voam num ápice, os meses que se seguem abruptos, os anos;
fico com a sensação que não desfruto do suficiente dos dias e dos tempos fruto da rapidez, da velocidade com que o tempo se escoa...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

suave

face à imensa minoria que governa o país, as coisas acontecem e sucedem-se quase que devagarinho, de modo suave, muito suave;
é certo que as repercussões se fazem sentir mais nuns lados que noutros, que os ruídos se ouvem mais aqui do que ali, como é certo que apenas valorizamos as coisas quando por elas passamos ou as vivemos;
isto para dizer que o meu camarada e amigo (?) zé-tó foi substituído no seu lugar de dirigente regional;
se é certo que as substituições são normais e naturais, digo eu pois claro, já assim não o considero quando a pessoa substituída até é (era) uma figura pacata e de pouco vulto e, ainda por cima, substituída por elemento que tem dado a cara, o corpo e não só ao manifesto pelo psd local;
fará parte de eventuais acordos do centrão? incluir-se-á na partilha de poderes? se sim, quem se seguirá? se não, então como ficamos...

propostas

afinal, depois de dois anos de intransigência, parece-me ver chegado algum momento de bom senso por parte do ministério da educação;
é certo que muito parece mudar, para que muito (ou quase tudo) fique na mesma;
são suprimidos alguns dos mais acentuados constrangimentos com a classe docente, mas mantém-se, pelo menos aparentemente, os mesmos constrangimentos e limitações;
simplificam-se processos, mas não se abolem estratagemas;
o ambiente parece mais calmo, mas só aparentemente, há expectativa no ar...

estreia

na semana passada tive a minha estreia como deputado municipal;
já tinha assistido a algumas sessões numa outra assembleia municipal, num outro concelho;
reconheço que estranhei e me fiz estranhar;
faço parte da minoria, respeito os vencedores, mas não abdico de deixar o meu comentário, a perspectiva política e partidária em que me enquadro;
aparentemente estava-se habituado a entrar mudo, a dizer que sim (Amén) e a dar por concluída a sessão;
coisa rápida, quase que de fugida, pois os senhores presidentes, tanto o da assembleia como o da câmara, tinham coisas para fazer, certamente que mais importantes;
já me chamaram de cromo (designação agora até engraçada, face à caderneta de cromos da comercial), certamente terão pensados outros epítetos que, pelo menos até agora, não me chegaram;
mas quero debater, quero trocar ideias, quero destacar outras dimensões das opções;
não gostam? comam as batatas e deixem a carne de lado, mas aturar-me-ão...

muitas

muitas seriam hoje as entradas, as trocas de ideias sem esperar receber comentários, apenas para me pensar, apenas com o objectivo de me ajudar a compreender e interpretar o meu dia a dia, igual ao de todos, diferente do de todos;
hoje estou naqueles dias em que os meus dedos fluem pelo teclado e quando dou por isso comi palavras, saltei pensamentos, a escrita fica sem sentido, tal a pressa que sinto em escrever, em debitar coisas soltas, pensamentos e coisas de nada;

partilha

mantenho as mesmas temáticas, as de sempre de resto, educação, escola, política e divagações, muuuuiiiiiiitas;
coisas de nada, afinal;
agora para comentar a falta, ausência ou simples carência de uma cultura de partilha, de troca, de toma lá sem pensar em dá cá;
sente-se nas escolas, mais se sente quando perspectivo tantas, todas juntas como pontos individuais onde se sente a falta de um denominador comum;
pensamos os problemas, esquecemo-nos de pensar as soluções, perspectivamos sempre contradições e dificuldades, esquecemo-nos de pensar nas possíveis partilhas, nas formas do partilhar, nos modos de trocar coisas uns com os outros sem pensarmos em contrapartidas;
é de partilha que falo, é do partilhar é do desinteresse, mas estou (ou estamos) tão longe disso...

combate

não desapareci, mas quase, não desisti, mas vontade não me faltou;
ausente por questões de combates profissionais, dos desafios que a vida nos coloca e que pouco me motiva para a escrita;
até há pouco considerei que pouco ou nada tinha a dizer neste espaço; depois considerei ainda que de nada adianta escrever sobre a minha pessoa, poucos interessados, pouca ou nenhuma motivação, falta de objectivos;
mas... regresso, com vontade do mesmo, escrever sobre tudo e, acima de tudo, para nada, sempre comigo em fundo...