segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

oportunidades

já não é de crise e de oportunidades que escrevo, é de saber captar um momento, uma situação, qual imagem fotográfica que fica e perdura no registo do instântaneo;
a cantiga dos deolinda, que vira bandeira e hino, é exemplo disso, de momentos conturbados onde não existe correspondência entre expectativas e possibilidades, ligados que estamos a depender sempre do outro ou de alguém;
fomos educados na consideração que o estado era estabilidade e garantia, que se desvaneceu há muito; que ser doutor era preceito de qualificação e estatuto, e já não é; que conheciamos as fronteiras e os lugares comuns, que se abriram e espalharam, que eramos capazes de distinguir amigos de adversários, próximos de distantes e tudo se misturou;
e quase tudo permanece na mesma, mesmo a mudança; e, o mais grave, é que os políticos têm tido manifestas dificuldades em compreender e interpretar os sinais de uma democracia que,se não é paciente, está muito impaciente;

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