terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

avaliação

a avaliação é um processo bicudo;
desde os bancos da então escola primária não há quem não se recorde deste ou daquele processo, mais ou menos kafquiano, recambolesco ou simplesmente injusto de volta do processo de avaliação;
discorro hoje não sobre a avaliação de desempenho docente, mas a das organizações públicas organizadas em torno do siadap - coisa horrorosa;
a avaliação é, para todos os efeitos e dêa-se-lhe a volta que se der, subjectiva; por muitas grelhas, matrizes, tabelas que possam ser feitas, não assumir esta subjectividade é cair na iniquidade de um processo, no descricionarismo por vezes patético;
apanhei com um processo de avaliação no colo para o qual não fui nem visto nem achado; tábém, quem entra de novo paga o ovo, diriam os miúdos;
não foram levadas em consideração características de profunda aleatoridade funcional, da imprevisibilidade de solicitações, nem a componente de casamento entre o técnico e o político; tábém, afinal até sabia ao que vinha;
agora encerrar a coisa sem que exista um mínimo de articulação entre a profusão de critérios subjacente ao processo de avaliação e avaliadores é querer ser independente onde apenas se regista dependência; já na tábém, criam-se fricções, conflitos, atritos em zonas perfeitamente desnecessárias e muito pouco inóquas;
não são a regras que são más, sãos os processos e os procedimentos de quem orienta - ou deveria orientar  - a coisa que são ... patéticos...

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