sábado, 5 de fevereiro de 2011

crise e oportunidade

o decreto-lei 18/2011 é claro no seu sentido de organização;
inerente a esta e a muitas outras propostas, as notícias dão conta do óbvio, o descontentamento de docentes, do que fazer com sindicatos e movimentos sociais e profissionais;
as escolas não perderão um quarto dos docentes, contas feitas e há variações entre os dois e os 10 docentes por escola, uma coisa situada na casa dos 10% de acordo com cada escola e que pode variar - mais para baixo do que para cima;
é de crise que se perspectiva, pois muitos contratados deixarão irremediavelmente o sistema; é de constrangimento que se perspectiva, pois muitos que têm os seus lugares assegurados correm o risco de terem de concorrer;
contudo é também de oportunidade que se trata, saibam as direcções das escolas mobilizar os tempos e as circunstâncias;
pessoalmente não acredito que exista espaço para mobilidades, assim sendo, resta a circunstâncias de os docentes terem de ficar onde estão com ou insuficiências lectivas ou simplesmente sem componente lectiva; assim sendo, é oportunidade de reorganizar processos e procedimentos, cooptar quem de direito para apoios e outras estruturas intermédias que sempre foram referência de necessidade nas escolas e que, por razões várias, nunca se organizaram; é agora oportunidade;
mas fica-me a dúvida, saberão os senhores directores aproveitar as oportunidades em prol dos alunos, do trabalho docente que vai para além da sala de aula, de resultados escolares ou simplesmente ficarão pela inacção ...

1 comentário:

Anónimo disse...

"...as escolas não perderão um quarto dos docentes, contas feitas e há variações entre os dois e os 10 docentes por escola, uma coisa situada na casa dos 10% de acordo com cada escola e que pode variar - mais para baixo do que para cima;"

Oh Manel!
Não me faças rir que tenho os lábios cheios de cieiro!


E quanto à capacidade dos Directores para resolver o assunto......

Bom!
Se calhar é melhor nem sequer lembrar o que foi a vergonhosa interferência de alguns serviços do ME e de alguns dirigentes partidários, na escolha dos mesmos.
Agora tiram-lhes o tapete e eles que se desenrasquem com um número altíssimo da professores sem componente lectiva, sem colocação DACL, a terem que ficar na escola.

Enfim...material para uma excelente conversa/debate sobre a politica educativa e o futuro da escola, que estou disposto a organizar, se tu estiveres disposto a conversar com os professores da minha escola e não a ter aquelas reuniões meios clandestinas com o Sr Director.

Um enorme abraço
S. S.

PS (Salvo seja...) Que saudades que eu tenho da escola publica e democrática.