segunda-feira, 28 de abril de 2014

dos interesses - dos poderes - das escolas

os procedimentos concursais, pelo distrito de évora, abriram quase que ao mesmo tempo em diferentes agrupamentos e em diferentes localidades; esta simultaneidade permitiu colocar em destaque algumas situações interessantes, em particulares para aqueles (como eu) que se interessam pela gestão e pelas lógicas do(s) poder(es) educativo(s);
os concursos para diretores permitem, nas pequenas localidades, destacar o papel das autarquias no controlo dos seus interesses e é interessante perceber como é olhada, sob este ponto de vista (dos poderes, dos interesses e da consolidação de uns e de outros) a escola nos tempos presentes, nas lógicas de ação municipal atuais;
qual discurso de mdernidade, de competência e rigor qual quê; a escola continua a ser olhada e utilizada como antes do 25 de abril com a particularidade de o reitor ter de ter algumas conivências locais;
em localidades de maior dimensão, são os interesses sociais e algo particulares (da fé ou do contrato) que se assumem como protagonistas; em localidades de média dimensão (ou grande à dimensão regional) é ver câmaras a negociar lugares e votos, interesses particulares a gerirem pretensos objetivos coletivos;
foi neste contexto que fui entalado entre pc e psd no concurso para o agrupamento de arraiolos no ano passado;
santo ingénuo que ainda pensei que as competências, a qualidade curricular ou a experiência contavam para alguma coisa; o tanas, o que interessa é o controlo da coisa, ser capaz de gerir estes ou aqueles interesses;
o resto, pedagogias, escolas ou escolaridades... o tanas, não interessam para (quase) nada- a não ser para exercer o seu protagonismo, assumir as suas preponderâncias;
mas muitos continuam a afirmar que a escola pertence aos professores e que os interesses são pedagógicos, tá bém tá, contem-me outra...

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