terça-feira, 3 de dezembro de 2013

trabalhos de "afinal" de período

ontem entreguei (devolvi) as fichas de trabalho a uma turma de secundário (não interessa o ano para não se ser muito cusca); perante o panorama em que apenas um aluno respondeu a questões de desenvolvimento, pus o pessoal a escrever sobre um tema dado, quase, quase como aquelas redações do meu tempo sobre o fim de semana, como se o profe de então quisesse cuscar como vivia o povinho e os outros; mas aqui o objetivo é começar a obrigar o pessoal a escrever, a trocar ideias por letras e não apenas sons, pretendo palavras escritas, de modo a sermos capazes de acompanhar a velocidade do nosso pensamento enquanto a mão desliza seja pela folha em branco, seja pelo teclado; são velocidades perfeitamente distintas, aquela que decorre da relação entre pensamento e voz e uma outra que decorre da relação, muito mais lenta, entre pensamento e escrita;
ao fim de pouco tempo uma aluna pede-me para que possa escrever sobre o que ela quer e não sobre o que tinha sido solicitado; tábém, pronto, desde que haja escrita, desde que se transcrevam pensamentos para o papel, pode ser;
desfiou-me emoções daquelas que apertam o coração a um qualquer, as razões e as suas emoções de ter sido e estar institucionalizada;
melhor redação não conseguiria; mas inverteram-se os objetivos e cumpri o que alguns profes de outros tempos e com outros modos, pretendiam, conhecer os alunos; e a esta eu fiquei a conhecer melhor...

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