sábado, 21 de dezembro de 2013

e pronto

e pronto este primeiro período, grande, comprido, desgastante e coisa que nunca mais tinha fim, acabou;
prova provada que tudo, apesar das suas dimensões ou das suas características, acaba, bom ou mau, assim assim ou antes pelo contrário mais cedo ou mais tarde acaba;
já o poeta o afirmava, jorge luís borges, tudo o que é biológico um dia acaba, pode levar um dia, um mês, um ano ou uma vida, mas acaba, e o poeta refira-se ao amor;
as reuniões de avaliação pelo meu burgo foram qualquer coisa de... especial;
gostei de observar novos protagonistas de poderes efémeros, novas lógicas de gerir o quotidiano em funções de vazios, de perceber como outros poderes \se insurgem por entre os dias de fugida que nos atravessam;
é engraçado ver e tentar perceber como esses pretensos vazios são ocupados; há muito que defendo que, tal como na natureza, as dimensões do social recusam o vazio do poder; quando ele não é assumido, exercido, promovido etc coisa e tal há sempre algo, alguém ou alguma coisa que assume o poder - pela forma de exercício, de protagonismo, de política, de acção ou de discurso, mesmo que seja na sua negação;
as reuniões de 1º período permitiram-me vislumbrar estes arranjos, que nem sei se serão arranjos e menos ainda perceber se estratégicos, o que tenho dúvidas, mas é o assumir as rédeas de outros por ausência deles mesmos;
é engraçado ver e ouvir os discursos que nos revestem de nós mesmos, muitas vezes de pura ignorância, alguma idiotice, mas dito com a convicção de quem raramente se engana e nunca tem dúvidas;
falta saber como irá ser este segundo período;
para já sei que grande, enorme, certamente desgastante; provavelmente de formação de novos equilíbrios lá pela escolinha; equilíbrios de interesses, de protagonistas, de vazios ou ausências, de incompetências e alguma estupidez; isto se o pessoal deixar pois claro...

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