domingo, 10 de novembro de 2013

blablablabla

tenho consciência que as conversas deste fim de semana rodam em torno de dois eixos, o benfca-sporting de ontem (grande jogo) e dos rankings escolares;
nada digo quanto ao jogo; já quanto aos rankigs nmão me estico, mas aproveito esta entrada que diz muito sobre a coisa e me reconheço quase que integralmente na sua escrita;
a grande questão não são os rankings, os culpados, as escolas, o sistema ou o que seja, a grande questão é mesmo política e educativa; onde nos conduzem as políticas, que fazemos nós (professores e pais) para obviar, minimizar, mitigar processos e resultados, qual o papel do local na construção da escola?
há dias, num desabafo comigo mesmo escrevi numa turma:
Na apresentação e reorganização dos grupos ponho-me a pensar nos desafios desta profissão, o que é tentar trabalhar com 31 pessoa numa sala de aula, onde se pulverizam interesses, onde se dispersam objetivos, onde convivem muitos e muitas coisas que em nada se relacionam com este mundo; dá para pensar o que será lidar e trabalhar com um t. que mais parece da raia que da cidade, a J que se descobre, nuns e noutros que nem se perguntam do porque nem para o que; com matérias algo descontextualizadas e, ainda que interessantes, desgarradas umas das outras, excessivamente individualizadas e atomizadas onde nem mesmo a maior partes dos profes consegue dar ou criar sentido; como envolver um conjunto tão díspar de alunos, onde confluem tantos interesses, ou que apenas não se perspetivam objetivos, nem sentidos; como trabalhar com alunos que não se reconhecem na ação educativa, que se dispersam por tudo e por nada; o que fazer e como fazer sozinhos que estamos, os profes, isolados de qualquer mundo, a partir pedra por nós mesmos, como se fossemos pedreiros, mas com ferramentas de alfaiate, a tentar mover montanhas, as mesmas que são estes alunos, como se fossemos Moisés e nem isso somos; é um mundo de desafios, de tentativas, de esforços, quase sempre solitários;


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