sexta-feira, 23 de agosto de 2013

devaneios de um homem de meia idade

um primeiro post que é também e de certo modo, uma reconfiguração das linhas de orientação da minha escrita; quando comecei a escrever por estas bandas queria dissertar sobre a educação e a escola, o meu mundo, o alentejo, a minha terra, e sobre política, um gosto que há muito sinto entranhado em mim mesmo; 
hoje, fruto de vicissitudes dos filhos e, particularmente, da idade, deu-me para pensar sobre uma outra temática, relacionada com as coisas do homem; uma perspetiva diferente, esta mesma que faz com que olhemos a realidade e os seus acontecimentos com olhos que, de alguma forma, filtram interesses, hierarquizam importâncias e, essencialmente, coam a espuma dos dias que passam; 
por estas bandas da blogosfera há muitas coisas de mulheres, desde o sexo, a devaneios da idade, gostos, desgostos, interesses e aquilo que interesse; pouca coisa de homem, pouca coisa que, a partir de uma perspetiva masculina, mostre que homem também é homem por sentir e estar, ser e escrever; 
e, apesar de estarmos numa sociedade profundamente masculinizada, há estereótipos para tudo quanto é gosto e lado; sexo, se for a mulher a falar e a escrever sobre esta coisa básica, é erotismo, se for o homem é assumida pornografia; sentimentos, se for a mulher a dissertar sobre a coisa, são os sentimentos e a sensibilidade a ditar a escrita, se for homem é claro e assumido interesse em sexo que o orienta; se uma mulher falar de culinária, costura ou moda, são tendências, se for um homem ou bichanismo ou interesse em sexo; 
e pronto a partir de hoje e desta mesma posta, irão surgir devaneios de um homem de meia idade (o que não acredito, pois iria perfazer 100 anos, tempo de mais para o je), dissertações sobre como se sente a idade e o tempo, os acontecimentos e os sentimentos; uma outra perspetiva, porventura vulgar, ordinária (de comum e banal) mas também sentida; 

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