sexta-feira, 28 de setembro de 2012

transição

em conversa com os alunos, sejam os de 9º ou de 11º tenho afirmado que para compreender e perceber os tempos presentes temos de ir um pouco atrás, recuar, como quem toma balanço ou se distancia do objeto que observa, para ganhar seja tempo ou espaço ao objeto observado;
um dos período que mais gosto é aquele que é genericamente designado como "tempo de transição", o período que vai, grosso modo, do início dos anos 60 aos anos 80 do século passado; 
histórica e sociologicamente é um período que parece ainda não estar total ou, pelo menos, plenamente resolvido na consciencia coletiva;
existem ainda inúmeros fantasmas no sótão de muitos, esqueletos no armário de outros tantos que ora incomodam ou chocalham consoante os abanões e as circunstâncias; 
no que se refere à educação, este livro tem a particularidade de trazer, em primeira voz, um conjunto de referências que são incontornáveis para e na compreensão deste tempo - ainda que devamos criar alguma distância, face a processos posteriores de justificação ou racionalização; caso do testemunho de veiga simão num capítulo que teria hoje em dia toda a pertinência, o estado social e a democratização do ensino; teria, não estivesse a escola a ser colocada em causa perante um (o estado social) ou outro (a democratização do ensino); 

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