sábado, 18 de abril de 2009

geração

em conversas mais ou menos orientadas sobre a história recente da escola portuguesa, há um dado que ressalta com alguma inquietação;
diz-me uma técnica de uma escola que chegam ali, cada vez mais, os filhos da geração de Abril; pergunto o que isso significa e que implicações tem;
várias e diversificadas; os filhos de Abril foram formados no princípio de serem os melhores amigos dos filhos, seus confidentes e apoiantes, não gostam de contrariar os filhos não fiquem eles com traumas ou se quebre a amizade, gostam de os manter ocupados de modo a que não se desviem para aquilo por onde os pais passaram (ou ficaram), são motoristas de táxi na recolha e distribuição dos filhos, próprios e alheios, valorizam uma aparência de cultura em detrimento de um debate de ideias diferentes e diferenciadoras, facilitam sem razão e contrariam sem explicação;
a consequência na escola diz respeito ao facto de serem mais reivindicativos, exigirem apenas, esquecendo o dever, confiam em excesso na escola, não a complementando nem ajudando, distanciam-se dos filhos, por receio, não questionam o quotidiano, mas exigem atenção...
em palavras próprias é uma forma que transborda e deforma e não sabemos qual a alternativa...

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