sábado, 18 de abril de 2009

descrédito

ele há coisas que quase não seriam necessárias de lembrar;
contudo, o fórum Portugal de Verdade, promovido em período de pré-campanha pelo PSD, lembrou-se, obviamente, de abordar as questões em torno da educação;
o óbvio é a referência ao descrédito da educação, como se fosse possível passar uma esponja por cima da História e fazer com que exista apenas o que queremos (ver, ler, ouvir) e não o que efectivamente aconteceu (políticas, opções, governos);
outra é a referência fácil ao que designo como ingovernabilidade do sistema e apelar a que deixem as escolas funcionar; opção válida, não fosse estar enformada de uma lógica de mercado perto do salve-se quem puder e como puder, como se o mercado educativo, só por si, não estivesse marcado pelas mesmas características daquele outro que ditou a crise instalada;
em contraponto, nota-se a clara ausência do governo da educação e das opções de governação educativa ditadas pelo partido que apoia e suporta o governo;
será para manter a mesma linha? quais as prioridades (alargamento da escolaridade, ensino técnico-profissional, alargamento dos exames de 9º ano...)? qual o espaço para os contratos de autonomia? isto é, depois de um período marcado por alguma (re)organização do sistema (ainda assim ainda com muito espaço de manobra), qual a futura aposta - formação, currículos, avaliação, carreiras...

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