sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

falta

na próxima segunda-feira não farei greve;
falto à manifestação, saturado que estou de um claro impasse e pela impaciência que tem marcados os últimos anos lectivos;
demarco-me de todo um processo que, em meu entender, está esgotado;
apesar de ter plena consciência da dimensão política de que se reveste todo este processo, de parte a parte, o meu voto fica restringido à escola e ao normal dia de trabalho - leia-se como se entender;
em todo este processo, desde a revisão do estatuto à avaliação de desempenho, há, como em tudo, coisas erradas, muitas, como há outras acertadas, poucas, perante as quais o interesse profissional deverá passar pela adequação, contextualização e apropriação - desde que se saiba, possa ou simplesmente queira;

3 comentários:

Anónimo disse...

Todas os motivos assinalados por ti levar-me-iam a pensar que irias fazer greve: impasse, esgotamento do processo negocial, prevalência de aspectos negativos em todo este processo...
os motivos seriam suficentes para a greve se se tratasse de outra equipa: do professor Justino, por exemplo. Ou não?
Um bom dia de trabalho, Manel.

Manuel Cabeça disse...

caro amigo; contigo as palavras fluem pela situação de impasse e pelo assumido confronto político e partidário;
não me demarco dele, nem o deixo por mãos alheias;
defendo a alteração do processo de avaliação, indo ao encontro de uma escola situada e reflexiva, mas, com tudo o que existe, o que temos será o impasse, o bloqueio; será possível dar provas que é possível fazer-se uma avaliação situada e contextual? ou irmos atrás de pretextos partidários omitindo a dimensão política?

Anónimo disse...

a divisão iníqua da carreira é o cerne d@ problema/conflitualidade entre o ME e os professores. Admitamos, por hipótese académica, que é necessário dividir a carreira dos docentes. Que o sistema ganha eficiência e até se poupam uns milhões com esta engenharia política. Muito bem, discutamos um modelo mais justo, cujas regras sejam claras e aceites pelos seus actores. É difícil? Visivelmente! Haverá sempre quem proteste e discorde. Mas há que agarrar os professores mais entusiastas e ganhar a sua confiança. E isso só é possível com políticas justas. Este ME devia saber dar um passo atrás para depois dar dois em frente. Devia corrigir uma trajectória iníqua que lesa indistintamente milhares de professores. Enquanto não o fizer... podemos esquecer os modelos de avaliação, os planos disto e daquilo e as políticas, benignas ou malignas... Penso eu de que ;-)