sábado, 27 de dezembro de 2008

imagens

as imagens percorrem as televisões, são manchete de jornal e circulam um pouco por todo o lado e dão conta de um quotidiano de violência, provocação e até mesmo ou apenas de simples brincadeira;
a escola torna-se notícia vulgar, que cruza a banalidade das manifestações sindicais e socio-profissionais, com a vulgaridade de ameaças e pretensa violência;
a julgarmos a escola e a educação apenas por aquilo que nos é dado a ver e a ler em televisões e jornais começamos a acreditar que a escola está um caos, a educação um pandemónio e as relações aí existentes são feitas no fio da navalha, na tensão da proximidade, no stress das obrigações profissionais;
se é verdade que a escola hoje em dia não é igual há de dez ou vinte anos atrás, também é certo que teremos de relativizar e ler com algum espírito crítico, aquilo que nos é dado a ver e a ler pela comunicação social e não podemos, nem devemos, confundir a árvore com a floresta;
a grande falha que aponto à escola de hoje em dia, é a manifesta falta de formação de muitos que a habitam (e rodeiam na sua escrita) que impede ou condiciona que tenha uma outra estrutura organizacional para poder lidar com as diferenças, com o meio e o contexto em que se insere;
persistir numa regulamentação que tudo procura homogeneizar, uniformizar e a tornar monocromático, quando a realidade é cada mais diversa e policromática é querer tapar o sol com a peneira...

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