sábado, 27 de dezembro de 2008

cabala

não sou adepto de cabalas, de organizações mais ou menos nefastas que com intencionalidade e sistematização organizam coisas que acabam por prejudicar uns e outros e retirar apenas dividendos próprios e individuais sem nunca se conhecer um rosto, um protagonista, um actor;
mas considero engraçado, para me ficar apenas pela ironia, perceber como as coisas funcionam ou pretensamente funcionam;
olhe-se ao diário da república on-line, agora democratizado no seu acesso, passível de muitas e diversificadas interpretações na sua leitura, 1ª e 2ª série, particularmente esta última;
não é num dia, nem em dois, são semanas consecutivas onde o Alentejo prima pela ausência;
são dirigentes, chefias nomeadas politicamente e outras estruturas intermédias que se perpetuam no poder, atravessando partidos, políticas e interesses, com manifesta tendência para o funcionarismo mais bacoco que se possa imaginar; consequência mais óbvia, o silenciamento de estruturas e de vozes dissidentes, minoritárias ou apenas não alinhadas - e não se pense que é de alinhamento partidário que escrevo, nem de perto nem de longe;
incompetência? sem dúvida; incapacidades? não dúvido; mas acima de tudo uma estratégia pensada, alinhavada e implementada eventualmente com origens em agremiações que não se assumem como tal, mas não deixam de cozinhar as suas influências, de fazer valer os seus interesses, posições e valores - nas mais pequenas e comezinhas coisas e situações, algumas ridículas outras nem por isso;
têm sido estes interesses e a sua afirmação que têm governado, direi antes regido, os destinos de uma região; umas vezes com vontade de participação, de alguma abertura, de alguma tolerância, sempre q.b.; mas os mais das vezes apenas com secretas sapiências de marasmo, de silênciamento, de jogo encapotado por regras que alguns, poucos, conhecem e outros, menos ainda, dominam;
resta tentar perceber até quando...

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