quarta-feira, 4 de junho de 2014

Mudanças n(d)a educação

Em tempos de contagem de espingardas, isto é, de discussão tão interna quanto aberta no ps, talvez seja curioso equacionar e o que poderá mudar na educação, nas propostas de política educatica entre um e outro dos ainda não, mas já candidatos à liderança do ps?
A. Seguro foi, durante vários anos, presidente da comissão parlamentar de educação e ciência, será, de algum modo, conhecedor da dinâmica; as iniciativas do novo rumo neste campo permitiram também recolher opiniões e contributos, alguns interessantes outros pertinentes outros ainda necessários; contudo, A. Seguro nunca mostrou possuir ideias próprias sobre o tema, mas e diga-se em abono da verdade, mostrou sempre algum descontentamento (senão desacordo) relativamente às medidas de política do tempo de Lurdes Rodrigues;
A. Costa, casado com uma educadora de infância, foi sempre um defensor de Lurdes Rodrigues e das suas políticas educativas - dfizeram parte de um mesmo governo; pessoalmente não lhe reconheço ideias sobre a escola e a educação, mas acredito que terá uma ideia mais social (e, digo eu, pedagógica) que o rival (este, por ventura inserir-se-á na corrente mais liberal com ligeiras alterações);
Se é certo que o espaço de manobra do governo, de qualquer governo, está condicionado pelas políticas educativas de âmbito europeu (aposta nas literacias e numeracias, orientação pelos resultados, aumento da escolaridade e dos níveis de escolarização, integração e inclusão de todos, ainda que por vias diferenciadas, dimensão instrumental, preparatória, da escola para o mercado económico), há alguns espaço de manobra nacional ou, direi eu, de contextualização de políticas;
Entre um e outro o que poderá mudar na ação de política educativa estará em redor de dois ou três aspetos:
Manutenção, ainda que com correções, de uma aposta liberal da escola e da educação; manutenção por via de exames, por via dos indicadores de medida, e de correção por via de acertos/alterações legislativas (gestão, componentes letivas e não letivas, dimensão social da educação);
Atores, protagonistas e gestores das politicas e aqui podem existir muitas e significativas diferenças entre um e outro dos lados da disputa; a escolha dos atores políticos será determinante para a gestão dos muitos interesses e interessados na coisa educativa, na negociação com sindicatos e, não menos importante, na organização dos serviços do ministérios com sérias implicações ou repercussões no regional;
Finalmente, prioridades; estas estarão, em meu entender, algo na articulação das duas anteriores, políticas e atores, mas serão um sinal claro das diferenças entre lideres e protagonistas;
Para terminar e apesar de semelhanças e das diferenças entre um e outro, o que quero mesmo, o que se precisa mesmo é que este governo e estas políticas educaticas vão embora, saiam de cena...

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