segunda-feira, 26 de maio de 2014

projeto educativo e mudança escolar



nem mais
na minha escolinha uns quantos discutem (enfim, força de expressão) o que fazer do projeto educativo que não existe;
na minha santa escolinha, o projeto educativo foi, por via do conselho geral, recomendado que se alargue nas formas de participação e discussão - não nos seus objetivos, funções ou sequer lógicas ou sentidos de organização ou orientação escolar e profissional, mas pronto, é o que temos;
por outro lado, na minha santa escolinha há quem afirme de forma categórica, que o projeto educativo, este ou qualquer outro, para nada serve; talvez, na sequência do que outros já escreveram, sirva apenas para a escola cosmética, um qualquer rendilhado que embeleza mas nada produz;
talvez
antónio nóvoa afirma exatamente o seu contrário, a importância crucial do projeto educativo para que, por seu intermédio se possam identificar elementos de mudança e de continuidade, de inovação e de tradição;
o projeto educativo tem de ser um elemento orientador do coletivo, que articule, relacione e defina formas de partilha entre disciplinas, pessoas, processos e ações;
certo
é preciso é saber o que fazer e como fazer
isto é
qual a ideia que se tem de escola; qual o papel, os objetivos e as orientações dos diferentes elementos que se cruzam na escola, professores, alunos, pais/encarregados de educação, funcionários, município, parceiros, etc...
o problema é que muitos dos que trabalham na escola não têm a mínima ideia sobre a escola (os seus objetivos para além do ensinar e do aprender, as funções para além da instrução ou da socialização, os seus processos de normalização e uniformização, as articulações, ligações, relações que se estabelecem) nem sabem (re)pensar o papel e a organização da escola (espaços, tempos, funções),
depois nada se discute, assume-se apenas o professor como funcionário e o aluno como objeto
e andamos felizes e contentes a dizer que o problema é das políticas e dos governos, a correr atrás do nosso rabo, sem tempo para nada, nem para ninguém, a preencher papeis apenas porque é bonito e fica bem, a identificar constrangimentos, problemas e oportunidades porque é de cosmética que a coisa trata,
no meio perdemos o aluno e a paciência
tá bem tá

Sem comentários: