quinta-feira, 29 de maio de 2014

dos manuais escolares - escolhas e dúvidas

antes referenciei a minha presença e os meus comentários, à apresentação de manuais e/ou projetos editoriais para os próximos anos letivos;
hoje, depois de uma curta quanto interessante conversa com uma colega sobre tema, discorro novamente sobre a coisa;
da conversa
inúmeros, tantos, canseira e trabalheira
da pergunta
para que se quer um manual
aí a coisa já se divide;
um manual escolar pode (e deve) ser visto como:
suporte de trabalho ao aluno, instrumento de orientação do trabalho mais autónomo, mais individualizado do aluno enquanto estudante - isto se o aluno o souber utilizar, tenha pelo menos curiosidade em o ler e/ou folhear, seja capaz de perceber a relação existente entre documentos de apoio e escrita de orientação; situação que difere de ano/ciclo para ano/ciclo de ensino;
elemento de uma dinâmica de trabalho, seja ela a do aluno, individualmente considerado, seja a do docente, na preparação de aulas, na definição do trabalho a desenvolver; aqui surgiu e não há muito tempo, o manual do professor, com algumas diferenças relativamente ao manual do aluno, com destaque para propostas de trabalho e de dinâmicas de sala de aula, de trabalho e utilização do manual;
mas pode também ser visto e considerado enquanto elemento de apoio e não um instrumento em si, ser um suporte e não o suporte, ser mais um elemento na parafernália de elementos que hoje existem à disposição de quem quer satisfazer um pouco da sua curiosidade sobre o mundo;
certamente que existirão outras, mas destaco estas enquanto elementos mais claros na definição de objetivos  e na criação do manual enquanto objeto de trabalho (a primeira com centralidade no aluno, a segunda muito assente no profe e a terceira em processo de articulação entre dinâmicas e interesses de trabalho);
pois bem, entre as diferentes perspetivas de utilização do manual interesso-me particularmente pela terceira; o manual é, para mim, apenas um ponto no meio de muitos outros, incluindo outros livros; é um meio de definir dinâmicas de trabalho em sala de aula, de despertar a curiosidade sobre o que fomos, de onde viemos, mais do que assentar arraiais na história que nos contam, de me sentir condicionado às/pelas fontes que se utilizam e apresentam;
já agora, apenas um dos manuais analisados e selecionados foi votado favoravelmente por mim, todos os restantes adoptados não mereceram o meu voto; fiquei em minoria, paciência... nada se perde, tudo se transforma

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