terça-feira, 29 de abril de 2014

o fim do poder

já houve quem anunciasse o fim da história, agora anuncia-se o fim do poder (está a capa original mas está em português);
para quem tem uma ideia funcional do poder (eu tenho poder tu obedeces), numa lógica vertical (qual militar), a coisa será algo assim; para quem, como eu, assume uma ideia de poder relacional, que decorre das relações e onde tanto o oprimido como o opressor detém a sua quota parte de poder, numa lógica assente em m. foucault, então não é o fim do poder, mas a necessidade de equacionar outras formas de nos relacionarmos com formas e relações de poder;
este poder mais relacional decorre grandemente do poder disciplinar, da técnica e das ciências, das disciplinas entendidas como formas de organizar o pensamento e a ação coletiva; daí a ação que é solicitada à escola de disciplinar, moldar os espíritos e os corpos, a mente e a ação do aluno num processo de "normalização" social onde, hoje, esta norma nos foge como areia por entre os dedos;
mas persiste-se na ideia que detemos o uso e algum exclusivo do poder, baseado no lugar, na informação, na ação consertada, nada mais estúpido, mas ainda há tantos a pensar assim...

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