segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

da exigência ou da disposição

quando me penso, nestes últimos dias/tempos, fico na dúvida se ando exigente, se ando indisposto ou se efectivamente não pululam por aí ideias novas, diferentes e menos ainda originais; que os tempos que correm são uma seca, uma repetição bafienta e algo bolorenta, de outros tempos, continuidades, mais do mesmo;
seja na política, que mais parece um lodo, um pântano, seja no cinema onde as novidades mais interessantes conseguem ser um filme de animação, ou na literatura onde, pelo que pude apreciar, é um deserto;
recentemente fomos passear e, enquanto elas se entretinham a entrar e sair de lojas, optei por visitar a única livraria do sítio;
primeiro, num centro comercial da moda, elucidativa a circunstância de existir apenas uma livraria;
segundo, percorri o espaço das novidades prá'frente e para trás e nada me despertou a atenção; visitei as estantes minhas habituais - política, ciências sociais e humanas, história, pedagogia - e apenas reposições mais ou menos velhas, capas onde se nota o manusear alheio e algo descuidado e nada de novo;
as novidades, o que a livraria apresentava como top de vendas não deixou de ser menos elucidativo, Pessoa, Borges, Llosa, Joyce, Brown, Santos;
tá bom tá

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