quarta-feira, 31 de julho de 2013

serenidade

enquanto o Estado social se desmembra a olhos vistos, enquanto grande partes das conquistas de abril são substituídas por precariedade, descricionaridade e arbitrariedade, lembrando, em muito, tempos antes de abril, o que fazem os nossos padrinhos e as nossas madrinhas? 
enquanto se despedem pessoas por incúria e má gestão, enquanto se desertifica o interior, enquanto vimos os jovens a imigrar, cabisbaixos como que envergonhados, que fazem aqueles que, nos partidos, têm posto e disposto a seu belo prazer e a contendo dos seus interesses?
enquanto vimos aldeias a ficarem desertas de gente, cheias de desempregados, campos queimados pela incúria ou o propósito de interesses particulares, que fazem aqueles que escolhem candidatos, que se vangloriam do seu vã poder, que negoceiam interesses e objectivos como quem troca tremoços e uma bejeca?
enquanto decorre a troca de galhardetes e piropos, ao som de uma pré campanha com resultados anunciados, que fazem aqueles que, em nome do povo, nos deviam orientar, servir (e não serem servidos), prestar contas (e não fazer de conta)?
não estou zangado, estou cansado da incúria de muitos, do silêncio de quase todos, do medo que nos preenche e, particularmente, defraudado com o estado a que temos votado a nossa aldeia, a nossa vila, a nossa cidade, a nossa região, o nosso país; 

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