terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

mudanças

Esta crise, que bem que poderá vir a ser conhecida como a crise das crises, está a mudar-nos, a alterar comportamentos, relações, formas de estar e de sermos, culturas, lógicas de organização; muito dificilmente sairemos dela como entramos, tenhamos consciência de tal facto ou não, sejamos nós capazes de indicar ou identificar aquilo que muda e o que fica, sejamos capazes de navegar na crista da onda ou sermos trucidados por ela, desaguarmos felizes e contentes numa qualquer praia ou esgotados no fim dos oceanos;
Serão muitas as áreas em que mudaremos, das sociais às familiares, das politicas às profissionais, das culturais às organizacionais os tempos são de mudança profunda; podemos olhar os tempos como se tudo ficasse ou continuasse na mesma, podemos ignorar ou fingir que não é nada connosco, que não nos diga respeito ou simplesmente procurar adaptar-nos, com maior ou menor dificuldade, dando um jeito daqui e dali, às circunstancias e aos tempos, às modas e aos modos;
Mas tudo muda à nossa volta, as relações sociais estão diferentes, há outras formas de juvenialidade que se prolonga, distende pelos anos; neste campo as sexualidades ganham fluidez, uma imbricação entre géneros, modos e formas de assumir os comportamentos e as relações; Perde-se, na aparência, o papel de um e de outro, interligam-se, penetram-se mutuamente, como se excluem por si;
as hierarquias diluem-se em ilusões de rede, perdendo-se ligações onde não se ganha autonomia; o próximo fica mais distante mas longe da relação com aquele que está distante;
Na escola, para não me esticar em dimensões profissionais que não domino, pwrdem-se papéis, diluem-se nas ausências do que não se assume, nas competências que se perdem e nos saberes que não se ganham;
O mundo está diferente e nós com ele...

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