sábado, 1 de setembro de 2012

dúvidas

as notícias dão conta que foram colocados menos 5.147 docentes que em idêntico concurso há um ano atrás;
tomando a minha escola como barómetro (do interior desertificado e envelhecido, senão mesmo esquecido, agrupamento vertical do pré ao 12º ano, duas/três turmas por ano, três cursos profissionais) a redução tem sido significativa e progressiva de há coisa de três/quatro anos para cá; há dois éramos 83 docentes, o ano passado 71, este ano seremos 61; menos 22 docentes, a sua maioria contratados, é certo, mas alguns deles com mais de 10 anos (e mais) de ligação à tutela e ao trabalho educativo, com experiências e competências adquiridas e que se desbaratam; 
a questão que coloco vai no sentido de perceber o como de algumas coisas; 
será possível a obtenção de resultados de qualidade, exigidos pela tutela, pugnar pelo rigor e pela excelência sem recursos humanos afetos? 
acentuar-se-á a concentração de recursos e a diversificação de formação de modo a que um mesmo docente lecione diferentes disciplinas ou fique afeto a uma área disciplinar e não disciplina? 
como se combaterá o insucesso se os docentes estão assoberbados com turmas, alunos, trabalhos e obrigações? contra o insucesso não me preocupa o crescimento do número de alunos por turma, preocupa-me, isso sim, o número de turmas por docente onde um aluno passa a ser um rosto, por vezes indefinido, e as receitas aplicadas são de prescrição universal como se a mesma solução conseguisse atingir diferentes problemas; 
que respostas identificar que vão ao encontro das exigências que pais e famílias não deixam de colocar e reforçar à escola? de formação mas também de educação, de instrução mas também de empregabilidade, de fixação ao local mas considerando o global?
omeletes sem ovos?

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