quarta-feira, 24 de novembro de 2010

greve

foi dia de greve, de paragem completa em muitos sítios, de transtorno em outros, de complicações ou de percalço noutros ainda;
como foi dia de manifestações;
não fiz greve, considero que este tipo de greve, mais não é que uma forma de afirmação dos poderes de sindicatos e alguns partidos, dos trunfos que procuram jogar e utilizar nos terrenos sempre algo movediços da democracia;
mas, para além da afirmação de poderes ou trunfos institucionais, e para além do sempre debate sobre os números é preciso reconhecer, perante a greve geral, a falência de estratégias e de opções de política governativa; reconhecer de facto e não em mera retórica partidária o que significa uma greve geral; reconhecer mediante acções que sejam visíveis e compreensíveis pelo comum dos cidadãos;
mexendo na estrutura do governo, redefinindo estratégias que possam passar pela desconcentração, destacando dimensões sociais da acção governativa, corrigindo erros de cena, de casting, dando oportunidade a outros para um merecido descanso; envolvendo o país e não apenas lisboa, mobilizando as estruturas da administração pública e não apenas o terreiro do paço;

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