domingo, 19 de setembro de 2010

Estado

está em cima da mesa, por via das diferentes propostas de revisão constitucional, o papel do Estado;
há quem o procure reduzir ao estado social, ocupando os domínios da educação, saúde, justiça e segurança social;
há quem procure estender este patamar aos desideratos da economia, fiscalidade e contas públicas;
poucos são aqueles que procuram uma terceira via, por muito que o conceito custe a alguns, na ligação e articulação entre uma e outra das vertentes;
o estado que temos decorre, em termos europeus, de uma construção do pós II guerra, em termos nacionais dos mimetismos que uns quiseram imprimir pós revolução de 74;
entre um e outro, muito há para actualizar, redefinir e re-elaborar;
todos, ou quase todos, nos queixamos do estado do Estado, maus serviços públicos, lentos, morosos, complicados, complexos, burocráticos;
mas quando a tendência é para lhe mexer, ai jesus que pode cair o carmo e a trindade do sacrossanto papel do Estado;
esta é uma discussão que gosto e na qual assumo a minha curiosidade sobre a reconstrução do Estado, hoje à luz da cidadania e participação, do civismo e da democracia, da pluralidade e flexibilidade, da tolerância quanto da abertura económica e social, do carácter não compartimentado da coisa pública;
para onde caminhamos, é a questão que se deve colocar à sociedade e aos partidos...

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