terça-feira, 20 de abril de 2010

devagar

esta é uma página eminentemente alentejana;
o contador anda devagar, devagarinho;
os passantes não se atropelam, nem se acotovelam nos acessos;
conheço quase todos os que por aqui se passeiam, em amena cavaqueira da voltinha dos tristes que pouco mais têm para fazer, tal qual o largo da minha aldeia;
mas, tal como o alentejo, ele lá vai, paulatinamente, sendo centro de passagem para os mais inesperados quanto bem vindos passantes;
curioso, como os velhotes do largo da minha aldeia, vejo-os passar, entre a visita inesperada e a simples passagem para um qualquer outro lado;
olham-me de soslaio, com aquele olhar entre o curioso e o etnográfico, lêem-me à procura do óbvio, daquilo que já estavam à espera;
outros nem tantos;
devagar, devagarinho vou conhecendo quem  por aqui passa, uns melhores que outros, uns mais que outros...

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