sábado, 23 de janeiro de 2010

pai

o meu pai é tipicamente um homem alentejano;
não é nem nunca foi dado a grandes afectos, pelos menos aqueles mais expressivos, do apego, do carinho, da atenção;
apenas depois de algumas moengas (de saúde, pois claro) se revelou na relação com o filho único, com os netos;
antes era seco, carinhos q.b., relação amigável mas distante, sempre muito atarefado nas suas pequenas vicissitudes;
agora, já com idade e depois das moengas, é vê-lo a reconhecer a família, a demonstrar o carinho que nunca teve oportunidade ou simplesmente tempo para o efeito;
ganhamos outra relação, ganhamos razões de futuro, ainda que incerto e, eventualmente,  curto...

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