segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

confiança

não tenho tido por hábito falar do trabalho, há quem me leia e queira perceber aquilo que não digo ou insinuar-se pelo que escrevi;
mas tenho de reconhecer que gosto de pensar alto, ajuda-me a organizar a vida e o pensamento, em vez de ficar a pensar para os meus botões certo de toda a minha incerteza;
os serviços não estão habituados às relações de confiança, nem os serviços nem as pessoas; fomos educados numa cultura, a judaico-cristã, que assenta na desconfiança;
mas os tempos requerem confiança, particularmente no outro, no parceiro, no colaborador, no seu desempenho, nas suas competências;
quando, para além dos serviços, são os próprios  responsáveis, geralmente estruturas intermédias, a colocar em causa a confiança, certos da sua decisão, então os serviços emperram, hesitam e dificilmente se avança;
esta direcção regional não foge a esta regra e agora sinto algum gozo em perceber que uns quantos procuram espaços de afirmação onde apenas existem dúvidas, querem espaço de manobra onde apenas existe um sentido;
mas que é engraçado, lá isso é...

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