segunda-feira, 8 de junho de 2009

questionamento

apesar do final do ano ser apenas para a semana, há medida que encerro as aulas com as turmas, questiono-me;
não me levem a mal, mas gosto de pensar o professor que fui, as relações que estabeleci, os afectos que troquei, os conhecimentos que adquiri;
na escola não são apenas as mágoas que ficam, ainda que estas prevaleçam por mais tempo na memória de cada um;
ficam também os afectos, os conhecidos, os conhecimentos, as relações, fugazes ou mais consistentes, alguns sorrisos, algumas birras, alguns esquecimentos;
pensar-me enquanto professor é pensar a minha prática pedagógica, as relações e os modos de estar e agir perante os alunos - independentemente de práticas de avaliação de desempenho;
e, este ano, sinto que não estive a 100% que não fui o professor que habitualmente sou; talvez, racionalizo eu, fruto de inúmeras e inúmeras reuniões, de solicitações que me desviavam da sala de aula, de me sentir irritado com o meu projecto de investigação, das múltiplas tarefas a que a escola está sujeita;
talvez apenas não tenha sido o professor que habitualmente sou fruto de ter mais experiência, outros conhecimentos, de mais água ter passado pelo moinho;
afinal e tão só por estar mais velho...

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