quarta-feira, 3 de junho de 2009

mando

poder e mando são dois conceitos distintos, muita das vezes metidos dentro do mesmo saco e colocados de forma indistinta;
as concepções que prevalecem são, muitas vezes, tributárias de lógicas funcionalistas e operárias, com raízes no positivismo do século XIX ou nas lógicas industriais do início do século seguinte;
basicamente pressupõem que um manda e muitos obedecem, com base numa legitimidade hierárquica, funcional ou, mesmo, social;
apesar de estas concepções terem sido fortemente questionadas, deste Crozier e Fridberg, nos anos 60, ou por Foucault, nos anos 70, a lógica permanece e as relações organizacionais não deixam de estar reféns de modos de fazer e saber que pouco ou nada se relacionam com a pulverização do poder, a dispersão dos centros de mando, a necessária negociação mais horizontal...
contudo, os procedimentos e a organização persistem em manter algo que está esclorosado, ultrapassado, apegando-se a procedimentos e modos que em nada se relacionam com o futuro...

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