domingo, 11 de janeiro de 2009

local

cá pelo burgo discutem-se e formam-se (ou procuram-se formar) as diferentes listas de candidatos em ano de quase todas as eleições;
é um equilíbrio delicado que leva em consideração muitas outras questões para além das estritamente partidárias; são interesses de agremiações escondidas que procuram as suas zonas de influência e preponderância, são lógicas locais a debaterem-se no protagonismo regional e nacional;
as discussões das listas de candidatos nunca foram feitas na praça pública, como também não o foram em sede partidária;
restas apenas a alguns, muito poucos, eleitos o dom de poderem assumir esta luta; depois chamam os outros, os bate-portas, os palma ruas e mercados, para a entrega da bandeirinha ou do adereço e dar a ideia e se sentirem que participam;
mas não participam; a participação política e partidária, cá pelos burgos a que pertenço, está cada vez mais afastada das pessoas, isolada da sociedade, enquistada nas agremiações sombrias e ocultas;
a política cada vez mais se parece com o paranormal...

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