segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

objectivos

o Miguel realiza uma sondagem sobre quem entrega ou não os objectivos individuais;
já votei, disse que entregava (mas, na realidade, até já os entreguei em Outubro passado) e pertenço aquela imensa minoria que entregou;
a definição de objectivos, seja na escola ou num qualquer outro serviço (mesmo que muitos docentes digam que não será bem assim) é das coisas mais complicadas de se fazer;
além do mais, até à introdução do fadado SIADAP, ninguém estava habituado a definir objectivos;
as coisas iam acontecendo de acordo com a normalidade dos quotidianos, das peripécias das situações, da vontade ou da bondade de uma ou outra pessoa; mas de forma sistemática, pensada e estruturada, nem de perto nem de longe, nem na administração pública, nem na escola; as coisas aconteciam porque sim, por que se seguiam uns dias atrás dos outros;
um dos desafios que a avaliação de desempenho coloca, a despeito das suas desvirtudes, consiste exactamente em pensar a nossa acção no médio e no longo prazo, em definir, de modo mais ou menos coerente e consistente, um caminho que se pretende trilhar; poderá não ser fácil de definir ou de implementar, mas será ou servirá como um azimute que se traça, mesmo que cheguemos ao fim e demos por nós no sentido oposto; mas aí teremos elementos necessários e suficientes para tentar, pelo menos, perceber do porquê; hoje simplesmente não temos nada e, em algumas realidades, é a desresponsabilização que impera;

1 comentário:

Anónimo disse...

Tu sabes tão bem ou melhor do que eu que o problema da entrega, ou não, dos objctivos não é técnico; O problema não é a ausência do hábito ou da rotina. A entrega dos OI passou a ser um problema político. os professores que decidam não entregar, ou que decidam entregar, os OI estão a agir politicamente. Caberá ao governo saber interpretar os sinais.
E obrigado pela participação na sondagem. :)