quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

últimas

e pronto chega-se ao fim de mais um ano;
lento a passar, rápido a fazer-se sentir na incredulidade de tudo o que o marcou;
deixo para outros o balanço colectivo do ano, mas não resisto a olhar para trás e a escrever duas ou três ideias;
quando, lá mais para a frente, olharmos para o ano de 2008, sentiremos um qualquer sentimento de dejá vu; o ano fica marcado pelo fim do capitalismo selvagem, pelo esgotamento da proclamada auto-regulação dos mercados; tudo o que daqui possa sair terá de ser diferente, como, com que contornos e assente em que características serão as grandes incógnitas do futuro;
o ano de 2008, em termos colectivos, não deixa saudades, marcado que fica eventualmente mais pelos seus aspectos mais nefastos e péssimistas do que que por uma outra qualquer razão mais soalheira; de uma ponta a outra, apenas consigo referenciar a medalha de ouro no triplo salto, de resto é para esquecer - o 5º lugar do glorioso, o enxovalho sucessivo da selecção, a ausência de políticas de futuro, de protagonistas presentes, do constante sumisso da minha terra e da minha região do mapa político, a afirmação de agremiações de sombra;
o futuro será aquilo que dele conseguirmos fazer...

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