segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

socialismo

inevitavelmente ao fim de praticamente 6 anos de governo, a imagem do ps, do primeiro ministro e do partido que apoia o governo estão desgastadas;
sou defensor de mexidas no governo, no sentido de se ganhar uma outra dinâmica, um novo vigor;
mas, para além disso, torna-se essencial que os protagonistas socialistas desçam do seu pedestal e se faça política;
política de proximidade, que se evite o autismo, que se oiça este povo que paga crises e se sente preso ao destino; que se sejamos capazes de mostrar as diferenças, pois elas existem, se afirmem alternativas e se façam apostas marcadamente sociais, a imagem de marca do ps que tem estado senão esquecida, pelo menos pouco visível;

afiados

apesar de alguns dos discursos pós presidenciais procurarem destacar que não é de acesso ao poder que se trata, as notícias, nuns e noutros dos jornais, tratam de dizer o contrário;
é de facas afiadas que se trata, de acesso ao poder;
e não fico surpreendido, de um lado, à direita, ou do outro, no ps, o que se procura é o poder, saiba-se jogar a democracia e todos teremos a ganhar com isso;

frio

hoje, último dia do mês de janeiro, aberta a porta da rua e o cenário era branco;
uma geada daquelas de fazer estalar os ossos, um frio gelado;
e ainda não aqueci...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

professor

encontrei o texto num blogue brasileiro;
vale a pena pelo caso sério que revela...

O PROFESSOR SEMPRE ESTÁ ERRADO


Quando...
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um "coitado"
Tem automóvel, chora de "barriga cheia"
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.

Não falta às aulas, é um "Caxias"
Precisa faltar, é "turista"
Conversa com outros professores, está "malhando" os alunos.
Não conversa, é desligado.
Dá muita matéria, não tem dó dos alunos.
Dá pouca matéria, não prepara dos alunos.

Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.


A prova é longa, não dá tempo.
A rova é curta, tira as chances dos alunos.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.

Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a "lingua" do aluno, nao tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.

O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, "deu mole".
É, o professor esta sempre errado, mas,

se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!
Parábens a todos os nossos grandes professores.
Fonte - www.portaldafamilia.org

análise

os dias seguintes às eleições, àquelas que ocorreram ou a quaisquer outras, são dias interessantes para ouvir os comentários, a análise, a avaliação que uns e outros fazem, nos cafés, no local de trabalho, enquanto se espera pelo autocarro ou pelos filhos à porta da escola,
são inúmeros adizeres que ou repetem o que por outros foi dito, ampliando e amplificando discursos e disseminando ideias sem nada acrescentar, ou, simplesmente, criticam o sistema, os políticos, o país, tudo e todos menos eles mesmos, impolutos que são das suas convicções; 
sentarmo-nos numa mesa de café e ouvir as análises eleitorais é escutar um país que se sente magoado, triste, senão mesmo revoltado, amargurado; um país que tem aparecido muito pouco na voz e nos discursos dos políticos nas soluções possíveis;
e políticos e partidos têm de se saber reposicionar perante estes analistas, pois muitos já fazem mais parte do problema do que da solução e isso é grave, muito grave em democracia...

estórias

ontem foi dia de vista, concretamente uma manhã, à capital;
objectivo, tratar de procedimentos administrativos nos serviços comuns do instituto;
foi uma manhã repleta de pequenas estórias - para um quotidiano contar;
primeiro, os serviços comuns, fruto da reorganização, encerram à terça de manhã; ups, e agora; lá me insinuei por entre o segurança e a porta e perguntei como seria, ainda por cima vindo de fora; felizmente há civilidade, aceitaram-me os papeis, tratei do processo e regressei cheio de contente; vá lá;
depois, ao descer a avenida, páro para me perguntar onde comer qualquer coisa, de repente um violento estrondo que me obriga a encolher institivamente; mesmo à minha frente, a dois três metros de mim mesmo, um carro parou e quem o seguia atrás não; resultado, frontaria destruída, traseira embutida;
aproveito, tomo café e troco uma nota, pois precisaria de trocos para o eléctrico; conto o dinheiro certo enquanto espero; assim que o amarelo chega entro e... surpresa, o dinheiro não chega, esqueci-me dos aumentos, só me restam duas situações, ou desço na próxima paragem ou arrisco, passa a primeira e arrisco, passo a segunda e arrisco; mas não tenho feitio para prevaricar, saí na seguinte e lá fiz uns quantos metros a pé; mais aliviado, mas tenso pela idiotice;
foi um quotidiano diferente, uma ida à capital... estórias

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

eleições

apetecia-me dizer sem comentários e ficar-me por aqui;
tá tudo, ou quase tudo dito e dissecado;
contudo, duas notas curtinhas;
resolveram-se dois problemas, um à esquerda, com a ultrapassagem de alegre, um à direita, o fantasma de cavaco fica a pairar mas sem determinações no seu partido;
mas criaram-se outros, a inexistência de futuros candidatos, terão que ser criados...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

coisas

coisas e contradições e simples opções;
há dias a ministra da educação inaugurava uma escola no interior alentejano;
espaços amplos, coloridos, de encher o olho;
mas há quem diga que mais valia terem construído um lar para os velhos do que uma escola para os novos;
alguém retorquiu que o lar está em construção e de pronto ouviu o comentário, para quem, não cabe lá ninguém;
ficamos sempre a desejar mais, outra coisa, de maneira diferente;
são coisas, pois claro...

pois

já disse onde votarei, para não haver dúvidas, mas, agora que a campanha termina, duas notas soltas;
foi chocha a campanha, pouco empolgada, muito restringida ao boneco televisivo onde, os profissionais, conseguem fazer quase maravilhas;
quero acreditar na segunda volta, com alegre ao lado de cavaco, mas não tenho grandes esperanças; o povo é o que é a lógica colectiva sempre se tem imposto a fazedores de opinião ou a simples processos de racionalidade;
mais cinco anos de cavaco vai ser duro, primeiro porque não tenho grandes dúvidas que muitos se colocarão à sua sombra, depois porque eles mesmo quer ganhar um espaço que há muito está esgotado, depois ainda porque se sentirá que há um governo em belém e outro em s. bento;
e logo cavaco que defendeu os funcionários públicos, os servidores do estado, logo ele que defendeu em tempos, pois claro, o seu extermínio;
é o que temos, e pronto... pois...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

presidenciais

na recta final da campanha presidencial o assumir de uma posição que defendo há muito;
voto manuel alegre;
não por seguidismo político, nem por oposição - ou contraposição - ao que ou quem quer que seja;
cavaco representa para mim tudo aquilo que o antigo regime nos legou, hipócritas na abordagem política, comezinhos na pobreza, conservadores arreigados de tradições decrépitas, homens másculos na afirmação das suas fraquezas;
os demais pouco mais muito obrigado;
a democracia não estará em risco, mas assentuar-se-á, isso garantidamente, a vontade das instabilidade políticas, o acesso ao confronto mais óbvio e menos simpático do poder;
vamos ver o que dá e se será suficiente para a segunda volta - o que tenho dúvodas, mas pronto, somos o que somos...

capa

em dias de crise, de campanha eleitoral onde se fala muito e se discute pouco, dos apertos e dos constrangimentos financeiros do Estado e das famílias, de revoltas e manifestações, é bom que apareça uma capa em contraciclo;
uma capa que apela a um esforço que, nos tempos que correm e fruto de muitas coisas, é um esforço quase que titânico;
mas vale a pena, estão de parabéns...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

arbitrariedade

se há coisas que me incomodam e que mexem com os meus figados, uma diz respeito à arbitrariedade na gestão da coisa pública;
reconheço que não me incomodam as questões de política, as opções por vezes manifestamente isto ou aquilo, desde que sejam orientadas pelos mesmos critérios, ainda que para diferentes situações;
agora ajuizar de acordo com conveniências aí, desculpem lá, não me aguento e não consigo fechar a matraca;
faz parte de uma observação que de quando em quando ouvia aos miúdos, na sua imensa sapiência ingénua, de falta de justiça;
tratar sob critérios diferentes situações que até são idênticas, desculpem lá mas não;
fico a aguardar os desenvolvimentos e, como é meu hábito, não irei ficar calado;
afinal, quem defendo até não é da minha cor, apesar de benfiquista...

consequências

perante as notícias e os apontamentos que dão conta do descontentamento de muitos dos directores, há duas ideias que se podem afirmar;
por um lado, uma acção conjunta e colectiva, situação que poderá desencadear alguns sentimentos, por vezes não muito abonatórios, para os senhores directores;
outra diz respeito a reacções individuais, talvez pontuais, daqueles que até não se chateiam de regressar às aulas, fruto do seu plano de acção se encontrar senão comprometido, pelo menos seriamente condicionado - afinal não deixa de ser uma alteração de regras a meio de um jogo para o qual apresentaram propostas e planos;
dentro destes dou conta de uma demissão na zona; director/a perspicaz e de sentido estratégico, opta por deixar o barco - com argumentos perfeitamente pertinentes, que me deixaram sem palavras de contra-argumentação, logo eu que estimo e prezo a pessoa;
são as primeiras consequências, se ficam por aí... a ver vamos...

domingo, 16 de janeiro de 2011

alternativas

de acordo com os fazedores de opinião, são sérias as hipóteses de irmos a votos ainda este ano, como sérias serão as hipóteses de reformulação quer do governo, quer das políticas;
em termos educativos, quais as alternativas, é uma das questões que deve ser colocada;
não partilho a ideia que para pior basta como está; também não defendo o simples voto crítico onde a emenda pode ser pior que o soneto;
em que ficamos;
há várias perspectivas que coloco em termos de mudança de governo, entre elas a escola instituir-se como centro de custos, tal como já acontece na saúde, segurança social e no ensino superior; a abertura da gestão escolar aos não docentes, como perspectivo uma maior centralização das políticas educativas, ainda que alicerçadas no chavão da autonomia; se existir alguma estabilidade, acredito também na reformulação dos grupos de recrutamento, na gestão por objectivos (reforço das metas de aprendizagem); o fim de alguns projectos assentes no reforço dos resultados de aprendizagem e o aparecimento (melhor, na generalização) de outros;
e isto são meras perspectivas, que deixo escritas para depois ver o que acontece... o tempo o dirá...

directores

as notícias, progressivamente, revelam o que pode ser uma ponta do icebergue - o descontentamento dos directores das escolas públicas;
o motivo tem sido alicerçado nas compras, mas é revelador de mais, de muito mais;
até há pouco os directores tinham sido dos poucos docentes a passar um pouco ao lado das circunstâncias; 
ultimamente têm sido eles o alvo de várias políticas - desde as metas de aprendizagem, à avaliação quase siadap, passando por todo um conjunto de exigências que abordam a gestão escolar tem sido uma roda viva;
fruto do descontentamento há diferentes hipóteses que se colocam, ou se reformulam nos modelos de organização, que muitos pura e simplesmente não fazem ideia, ou é aberta a hipótese de os gestores não serem exclusivamente docentes;
depois não digam que não somos nós, docentes, a fazer a cama onde nos deitamos...

sábado, 15 de janeiro de 2011

compras

esta notícia dá conta do descontentamento dos directores;
é, por si, contraditória; a centralização das compras permite ganhos significativos, contudo perde-se a dimensão local, até há pouco muito apoiada nos serviços existentes para sobreviver;
pretensamente ganha-se em clareza e transparência - eu comecei por escrever, pretensamente - perde-se em capacidade de resposta, na sua adequação, ou seja, o que se pode ganhar em eficácia pode-se perder em eficiência;
mas fica uma coisa evidente, é que há perguntas a mais onde faltam respostas e hoje, sorrateira e paulatinamente, a escola transforma-se em centro de custos à custa daqueles que lá estão...

resposta

o miguel levanta a dúvida, procuro, por este mesmo meio, trocar ideias, sem que nenhuma possa ser uma resposta definitiva e fechada, pois considero que não as há neste domínio;
primeiro se alargamento = intensificação, não; considero é aquilo que pode e deve ser equiparado a trabalho lectivo deve ser alargado e não circunscrito à sala de aula; há inúmeras funções, tarefas e acções que desempenhadas por docentes em contexto escolar podem e devem ser equiparadas ao serviço lectivo; por exemplo, agora que se apela à transferência das fontes de financiamento para alçada do poph - fundo social europeu (CEF, TEIPs, cursos profissionais), o trabalho aí desenvolvido podia ser considerado lectivo; o trabalho em clubes, desde que avaliados e devidamente justificados, e não apenas para entretém de meninos ou docentes, podia ser considerado trabalho lectivo, acresce que é o próprio ministério a propor, apresentar e pedir às escolas que integrem projectos, que desenvolvam acções; 
globalmente direi que diferentes acções que possam colaborar no reforço e consolidação dos resultados, primeiro das aprendizagens, depois escolares, podiam ser considerados trabalho lectivo;
este alargamento já foi possível, desde que não encarecesse o funcionamento da escola; 
retirar esta dimensão é querer fazer omeletes sem ovos;

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

estratégias

entre revoluções, grandes ou pequenas, com muitos ou poucos danos colaterais, há duas ideias quanto à escola que se são necessárias equacionar em tempos revoltos;
uma assenta nos modelos de organização da escola; organização seriamente dependente do trabalho docente, onde, muitos, são pau para toda a obra que por ali se manifesta e expressa; e estes modelos, apesar de não serem rígidos, dependem excessivamente do trabalho de professores, se não há docentes disponíveis, em número ou vontade, o trabalho escolar ressente-se imediatamente;
uma outra diz respeito ao trabalho docente, muito relacionado com o anterior; o trabalho docente tem estado excessivamente circunscrito ao espaço de sala de aula, se é certo que é aí que se trabalham resultados, também é certo que muito do trabalho necessário para esse efeito decorre do que é feito fora da sala de aula; e desde os idos anos 80 do século passado que todos, todos os ministros da educação têm procurado mexer nessa componente, uns sorrateiramente outros de forma mais deliberada;
no entanto torna-se essencial equacionar a ligação entre os processos de organização da escola, hoje cada vez mais virados para os resultados e para toda uma componente administrativa, com o trabalho docente sabendo que sem docentes não há trabalho escolar que nos valha;
precisam-se de estratégias e elas, a este nível, não estão na escola...

riscos

para quem ainda não se tenha apercebido do que aí vem um breve apontamento em jeito de notícia:
poderá não ser pequena a dita, com implicações sérias no modelos mais tradicional da escola sem que existam grandes alternativas em termos de regime, fucionamento ou organização;
e no meio desta revolução noto algumas incoerências, quando não mesmo contradições;
as políticas educativas, aquelas que visam a escola na sua organização, vão em sentido manifestamente contrário às políticas que visam os docentes;
não questiono a necessidade de alargamento do trabalho lectivo, mas tenho dúvidas sobre os impactos desse alargamento tanto em resultados como em processos;
não será por se fazer mais do mesmo e quase sem tempo, que há possibilidades de melhorar resultados;
não é por aí que a revolução devia ir... mas, aparentemente, é por aí que vai...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

cena

ver na televisão é uma coisa, ver ao vivo e a cores a poucos metros de nós mesmos é outra completamente diferente;
eram 8h15 desta manhã, entre o largo camões e a rua de aviz, um homem procurava fugir ao polícia que o conseguiu deitar ao chão; foram voltas e reviravoltas entre a rua e o passeio, esbracejar aflitivo de ambos, um a fugir outro a procurar que o outro não fugisse; chega um carro com mais um polícia, os dois têm dificuldades em imobilizar o homem que, estendido no chão, se debatia por entre mãos e braços;
um dos polícias ainda consegue agarrar o rádio e pedir ajuda;
entretanto juntam-se os olhares, os avaliadores da sociedade, aqueles que julgam por tudo e por nada; a fila de carros, impossibilitada de se movimentar em virtude da briga, estende-se, há quem buzine, há quem apenas aprecie o espectáculo;
cena do quotidiano...

feira

a feira está montada; conhecem-se os protagonistas, as profesias e os desejos, as promessas e as ofertas;
a conjugação da campanha eleitoral presidencial, a juntar à conversa do lider do psd deixa claro duas situações: por um lado, se o fmi entrar teremos eleições garantidas; por outro, que os próximos tempos as relações entre presidente e governo irão ser de cortar à faca à espera do mínimo deslize;
a feira, de vaidades e promessas, está montada, aguardam-se desenvolvimentos;

tese

o fim-de-semana foi passado de volta da tese, escrita, organização e conceitos;
três dimensões essenciais que se colocam como pririotárias nesta fase;
escrita que se pretende clara, objectiva, académica sem ser pretensiosa, afirmativa sem ser arrogante, e não é fácil;
organização das ideias, do fluxo de escrita, da orientação da leitura perante argumentos, objecto e objectivos;
conceitos que tenho de mostrar que domino, coerentes e articulados, pertinentes;
é um desafio...

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

imprensa

os jornais, de resto como muita outra coisa, têm sérias dificuldades em singrar na região de évora;
desde há muito muitas e diversificadas foram as tentativas de criar e impor um jornal que pudesse ir além, senão mesmo disputar, o espaço ao sempre omnipresente e algo oficioso diário do sul;
vi a notícia, como ouvi comentários não sei se de mentideros que circulam pela cidade a propósito da nova orientação do registo - aguardo;
é pena, como tive pena do imenso sul no qual colaborei activamente;
ao perder-se um jornal perde-se um pouco do pluralismo e da livre opinião, mesmo que possa não concordar com ela;
não sei se a falência ou o esgotamento das tentativas jornalísticas - de resto como de vãs tentativas editoriais - se deve a opções de gestão se ao mero confronto dos espaços de mercado;
mas que é pena, lá isso é...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

fininho

de mansinho, como quem não quer a coisa e em dia que todos estavam virados para outros interesses, foi publicada a portaria de avaliação dos directores de escolas e centros de formação - portaria 1333/2010 de 31 de dezembro
à luz do sistema integrado de avaliação da administração pública, destaca duas áreas de avaliação, dois parâmetros, os objectivos, traduzidos em indicadores de eficácia, eficiência e qualidade, e as competências, assentes em processos de gestão estratégica, liderança e coisas que tais;
se é certo que muita tinta irá correr, pois as situações são muitas, diversificadas e deveras distintas, não deixo de me congratular por um dos referentes assentar no programa de intenções apresentados aquando da candidatura ao cargo e de o parecer do conselho geral ser necessário em face dos respectivos relatórios;
não é perfeita a dita cuja, mas é um dos passos essenciais para uma maior credibilização da gestão e, acima de tudo, das escolas;
nem mais...

dúvidas

ao pessoal da educação não restam grandes dúvidas que a educação está muito mais complicada;
mais complicada pelas políticas, pelas orientações, pela informação, pela oferta, por aquilo que se transmite e exige aos pais, pelas notícias, enfim, apenas por duas razões, por tudo e por nada;
para os pais e para todos aqueles que se relacionam com a educação por intermédio dos seus filhos e com as suas memórias próprias do seu tempo de escola, então as coisas estão deveras complicadas;
um colega e pai de um filho no 1º ciclo, pediu-me recentemente ajuda para o esclarecer da informação recebida sobre um plano de recuperação proposto para o seu filho;
lá tentei descodificar o eduquês, traduzir a coisa para linguagem comum e, eventualmente, mais simples; penso que o terei serenado um pouco, mas, enquanto técnico, não consigo perceber como, numa turma com 15 meninos e que tem mais docente em apoio a dois alunos, se torna necessário um plano de recuperação, acrescido do facto que a própria docente diz que o aluno até responde quando solicitado, apenas manifesta alguma desatenção;
dúvidas...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

retorno

esta coisa de escrever por estes lados da blogosfera permite-nos, com uns simples cliques, ir buscar aquilo que escrevemos há tempos atrás - direi que é uma espécie de dissecação das ideias;
como escrevo por aqui desde 2003 já tenho uma quantidade significativa de memórias - espalhadas pelos diferentes blogues que estão assinalados ao lado;
por mera curiosidade, e não é mórbida, fui ver o que tinha escrito nesta mesma altura em anos diferentes;
há traços de continuidade, nuns e noutros, preparo o semestre, procuro organizar tarefas e distribuir as acções; nuns e noutros há o pleno reconhecimento daquilo que domino como daquilo que não depende da minha pessoa e que pode condicionar o trabalho, o rendimento, os objectivos; nuns e noutros há boas intenções (das quais o inferno está repleto) e uma ou outra tentativa de pragmatismo;
mas é engraçado retornar a essas escritas e perceber o que nos fica daquilo que por nós passa...

segundas

as segundas-feiras costumam ser dias pesarosos cá para o meu lado;
nunca percebi porquê, se por ter nascido a uma segunda-feira se, mais simplesmente, ser o início de mais uma semana de trabalho;
mas esta segunda-feira, não sei se por mero acaso se por obra e graça vá lá eu saber de quem, até comecei bem o dia, algo activo, bem disposto, com energia;
situação que não augura grandes efeitos para o resto da semana em que irei, quase de certeza, perdendo energias...

domingo, 2 de janeiro de 2011

objectivos

não foi preciso um siadap e menos ainda uma avaliação docente para me habituar a trabalhar por objectivos; há muito que o faço; 
faço-o para me obrigar a organizar, coisa em que careço um bom bocado; 
para definir as minhas prioridades, tantas vezes trocadas por coisa pouca; 
para me orientar na profusão da minha própria confusão, dos dias sempre escassos para tanta coisa;
de há uns anos a esta parte passei também a registar os meus próprios objectivos para cada ano que  começa; 
faço o balanço do que consegui realizar no anterior e volto a escrever novos; 
são marcos que me orientam de modo a não perder o rumo nem a desvalorizar prioridades; 
vamos ver o que dão...

novo

passou-se o ano, passaram-se as festas, o dia-a-dia retoma a sua aparente normalidade;
as coisas deixam de ter razão de festejo e de sorriso simpático, para as voltarmos a olhar com traços de desconfiado, de descrença, de expectativa, de rezingão, qual anão indisposto com tudo e com todos;
do ano passado pouco há a registar, tanto que foi para esquecer - ou talvez não;
para o que agora se inicia apenas os votos de trabalho, persistência e alguma teimosia q.b. que me permita concluir a tese, um longo, muito longo trabalho...
a ver vamos, assim diz o cego da minha terra...