segunda-feira, 31 de agosto de 2009

dossiers

apesar das orientações procuro conhecer os cantos à casa e perceber as águas em que me movimento;
o espaço tem uns quantos dossiers sobre o ano lectivo transacto, onde procuro perceber a organização, as preocupações e os objectivos de trabalho;
apesar das significativas diferenças entre quem esteve e quem está, sempre há algumas continuidades...

início

primeiro dia do resto do meu ano lectivo;
novo poiso, outras funções, o mesmo de quase sempre;
espaço ainda por arranjar, sem materiais nem equipa, espero apenas pelos desenvolvimentos;
com algumas expectativas, há que reconhecer e já com algumas saudades dos amigos e das amizades da escolinha;

sábado, 29 de agosto de 2009

ajudas

um processo de investigação é penoso, solitário, individual e algo claustrofóbico;
o orientador pode ser uma ajuda imprescindível e amiga, caso não se fique pelo campo estrita e estreitamente académico;
mas nem sempre está, nem sempre pode e o seu olhar é sempre, ou quase sempre, cirúrgico;
restam-me as amizades, os companheiros mais avisados que eu para poder trocar uma ou outra ideia, sentir ajuda e algum apoio em fazer crescer um texto que, apesar de ganhar forma, sinto ainda algo gelatinoso;
mas são ajudas essenciais...

regresso

ele há coisas que não me deixam de intrigar e levar-me a pensar;
apesar de ainda em férias, regresso paulatinamente ao trabalho; conheço dossiers e situações, como sou convocado para uma ou outra reunião;
ontem, lá fui, juntamente com colega do novo serviço, tratar de assuntos;
o engraçado é que senti uma espécie de flash back, um regresso a briedshead;
a mesma companhia, os mesmos objectivos, as mesmas tiradas...
de regresso...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

ligação

não sei se será a expectativa de mudar de operador e fornecedor de acesso à Internet, mas a minha ligação, assente em rádio-móvel, anda a dar as últimas;
engasga-se com facilidade, entope, cai, não liga, lenta...
ainda não sei é quando será feita a instalação do novo sistema; os cabos estão esticados, a baixada feita, falta mesmo só a ligação cá a casa;
aguardo...

postal



e pronto, estará na rua, no final do dia, o primeiro postal da campanha à junta de freguesia de Igrejinha;
coisa simples, prática, quase apenas para dar a conhecer os rostos e as vontades;
dizer que a Igrejinha vale a pena

terça-feira, 25 de agosto de 2009

descobertas

ao fim de demasiado tempo, hoje fui ao médico;
um cansaço algo persistente, o peso do corpo, a impaciência e outras coisas mais, ditaram da necessidade de ver como vão as coisas;
amigo de longa data (e de algumas noites) o senhor doutor médico recomenda a elaboração de uma bateria de testes, só para ver como estão as coisas, depois se fará o diagnóstico;
mas descobre logo ali que a tensão está fora do sítio;
descoberta incomodativa perante a qual alvitrou que há que tomar cuidados e precaver situações;
fazem com cada descoberta...

estatísticas

as estatísticas servem apenas para duas coisas, por muitas voltas que lhe queiram dar;
servem para tudo e para nada; ponto;
é engraçado ver as análise efectuadas, a procura recôndida e rebuscada de cada pormenor, seja para que lado for;
engraçado ver como cada lado, e são muitos, olham o número, equacionam resultados, analisam consequências, determinam implicações, colhem louros ou atiram quem quer que seja às feras;
interessante, no meu entendimento, seria desdobrar estas análises em cada escola e ver a quantidade de olhares, perspectivas e análises que se efectuariam...

notícias

a partir daqui, é possível verificar como é fácil falar da escola, da educação, dos professores;
todos, quase sem excepção, temos uma ideia, uma opinião, um argumento, um dado ou um facto para esgrimir quando falamos de educação e da escola;
os sindicatos não fazem o seu contrário; os professores têm perspectivas diferentes sobre os muitos objectivos do sistema e do seu trabalho, os pais diferentes interesses e alguns alguma preocupação;
o certo é que mal estará a nossa sociedade quando nos deixarmos de falar, escrever e debater sobre a escola e a educação;
por mim continuo...

início

começo devagar; a conhecer os cantos a uma casa que para mim sempre me foi estranha e algo distante;
conheço a generalidade das pessoas, as moengas virão dos sítios mais habituais; para uns os menos esperados, para outros os mais óbvios; resultado, origem incerta e resultados variáveis;
foi o primeiro tempo de outros que se seguirão agora numa estrutura intermédia do polvo, para perceber o que mudou ou se está tudo na mesma;
desconfio que existirá um misto de ambas...

domingo, 23 de agosto de 2009

propostas

as propostas para uma junta de freguesia rural, do interior, igual a muitas outras que por aí existem, são processo algo complicado;
rapidamente se discute o buraco da minha rua, a recolha do lixo, a sinalética mal colocada ou inexistente, a escola do filho ou o apoio ao idoso;
a política tem de equilibrar a preocupação individual com o interesse colectivo; contudo, numa aldeia as ideias têm de ser claras;
mas há tantas ideias, por exemplo:
reservar uma parte do orçamento (ainda que escasso) para deliberação em discussão pública;
apostar na dinamização social e cultural, visando jovens e menos jovens;
aproveitar as potencialidades de uma barragem à qual a câmara sempre prometeu e nunca nada fez;
definir critérios de urbanização para os novos bairros, de modo a que fiquem mais resguardados do interesses de empreiteiros;
apoiar os velhotes mediante apoio domiciliário, em articulação com centro de dia e misericórdia;
promover o arranjo de ruas e vielas, com iluminação adequada, equipamentos disponíveis que incentivem a circulação, o aumento de zonas verdes, espaços de recreio e lazer;
descentralizar as reuniões da junta, para que mais gente tenha conhecimento do que se passa e como se passa;
em articulação com associações locais criar um boletim que leve informação a quem está fora, sensibilizando e apoiando o seu regresso;
aproveitar as disponibilidades institucionais para a criação de elementos de ocupação de tempos livres, dinamizadores sociais entre outros;

encontro

primeira reunião/encontro daqueles que constituem a lista do PS à junta de freguesia da Igrejinha;
elementos novos e novos elementos que se cruzam com outros, menos novos no processo;
é notória a vontade de discutir ideias, trocar comentários, apontar baterias a um processo que não se afigura fácil mas que não é impossível;
define-se a estratégia e acerta-se o calendário de campanha;
as juntas de freguesia praticamente não têm competências nem dinheiro, o seu espaço de acção e a sua possibilidade de intervenção é reduzida;
resta apostar nas pessoas, coisa que o PCP apregoa mas rapidamente esquece quando desfruta do poder;

sábado, 22 de agosto de 2009

coisas

até parece que não tenho mais nada para fazer;
hoje deu-me a neura e revirei, outra vez, o escritório;
já se faz sentir a falta de espaço para livros e papéis diversos, como é necessário pensar o espaço para as noites de Inverno;
vai daí e tenho passado o dia de volta destas coisas;
ou, se calhar, será apenas um pretexto para descansar um pouco da escrita e do trabalho da tese... se calhar...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

soltas

leio e releio, vejo apontamentos e escritos;
muitas vezes fico parado, de volta de uma ideia, sem ser capaz de dali sair;
outras vezes, como aconteceu, basta uma curta troca de ideias com outras pessoas, para que a minha escrita se solte e os dedos fluam pelo teclado, em sinal evidente que as ideias estão cá e apenas precisam de pretexto para sair;

idade

durante o período de férias, faço menos vezes a barba, deixo que se acentue no rosto;
o problema é que a filhota, entre o olhar atento e a curiosidade feminina, me diz que a barba está cheia de cabelos brancos;
só me recordo efectivamente da idade quando faço anos ou quando, nos trabalhos da quinta, sinto o seu peso; em tudo o resto passa por mim, de forma natural;
mas passa e deixa marcas...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

escrita

a escrita é como nós, cresce, consolida-se, aprofunda-se, ganha dimensões e formas por vezes algo inesperadas;
a minha escrita não foge a esta regra;
escrevo em diferentes sítios, aqui no blogue e nos outros por onde passei, no meu moleskine, peça essencial que há muito, nesta ou noutras formas, me acompanha, escrevo num registo que designo de soltas, guardado na pasta da tese, onde já vou em perto de 200 páginas de escrita todas com a mesma preocupação, a de verter ideias e apontamentos sobre o meu trabalho;
em finais de Junho pensei entregar ao orientador cerca de 25 páginas de texto; ainda bem que não o fiz, já o reformulei significativamente, cresceu, sinto que houve partes que amadureceram, outras que precisam de ser revistas;
escrevo sempre devagar, ainda que os dedos fluam pelo teclado ou a esferográfica deslize pela folha; como a minha escrita precisa de amadurecimento, qual vinho alentejano a necessitar de estágio;
agora, as coisas escritas, irão descansar, ganhar corpo e ver o que dali se poderá aproveitar...

prata

Évora de prata;
com títulos destes ainda dizem que a culpa é do Zé Ernesto;

divagações

clara e inoportunas;
em tempos em que se apresentam listas autárquicas, uma divagação sobre o tema, antes que as coisas aconteçam;
estou certo que pelo distrito de Évora irão existir alguns (des)acertos políticos e partidários;
o eleitorado tem demonstrado, desde os idos anos 80, uma clarissima superior consciência colectiva em detrimento das análises individuais, muitas das vezes sem compaginação nas sondagens; é apenas com base na história sociológica distrital que me pronuncio; e prevejo algumas trocas e muitas baldrocas;
não entro pela análise concelho a concelho, mas do equilíbrio existente, 6 municípios PS, 7 PCP e um independente, estou certo que irão existir reconfiguração e, muito provavelmente, desequilíbrio do actual conjunto;
há concelhos onde, uns e outros, dão como favas contactas os resultados esperados e serão nestes que residirão algumas surpresas; mesmo no interior de um ou de outro município a gestão e a negociação política ir-se-á acentuar, fruto da trocas ao nível de juntas;
mas, vamos esperar, para ver...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

passou

o fim-de-semana foi passado entre as tricas dos filhotes e a companhia de amigos em ameno almoço de domingo;
apesar do calor, quase insuportável, ainda deu para aproveitar as companhias e andar à fruta, a avaliar a horta e a apreciar a vinha, carregadinha que está;
mais um que se passou; esta semana é a de preparativos, de regresso ao rame-rame...

listas

afinal, afinal, sempre faço parte de uma lista autárquica, a do PS à minha junta de freguesia, Igrejinha e muito provavelmente à assembleia municipal do concelho;
foi bem mais fácil de constituir a lista do que o inicialmente pensado; ultrapassou-se o número de elementos de há 4 anos, dividiram-se os géneros e há ideias e muita, muita vontade;
quanto à assembleia municipal tenho sérias dúvidas que possa ser uma mais valia num concelho onde ninguém me conhece; mas fico entusiasmado por poder vir a trocar ideias com o presidente do meu sindicato (da qual não faço parte);

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

rede

progressivamente a rede ganha espaço e qualidade perante a democracia;
primeiro mediante uma insinuação ou alguma desconfiança com que era olhada a rede apenas servia carolas, curiosos e... pouco mais;
à medida que o tempo passa nota-se que a rede é local incontornável do debate político, na mostra de proposta, na criação de interactividade, na discussão de ideias, no e para o debate;
o PS Évora apresenta uma página interessante neste contexto;
obviamente que lá deixei o meu bitaite na área educativa;

propostas

em tempo de pré-campanha, melhor ou pior, mais cedo ou mais tarde, os diferentes partidos políticos apresentam as suas propostas de governo - PS; PCP; PSD; BE; CDS/PP;
se alguns disponibilizam algumas ideias e outros ainda as guardam, a generalidade das proposta, que apresentam diferentes visões e perspectivas do e para o país, será a de perceber como se implementam, como se põem em prática;
o como é que é a grande questão e, mediante uma vista de olhos às diferentes propostas, apenas encontro boas intenções, generalidades e muitas banalidades (no que à educação diz respeito), sem grande sentido prático ou operacional;

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

vontade

os dias quentes tiram-me a vontade de escrever, adormecem-me na inquietude do calor;
divago, navego, mas escrever é-me difícil...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

calor


hoje sente-se o calor, até aqui por casa, a estas horas da manhã (são 9h38), já se sente o bafo quente do astro rei;
tem sido um Verão algo incaracterístico, mediado entre o relativamente quente e o relativamente fresco com noites quase sempre frescas;
para a tradição do meu alentejo, ainda não se registaram temperaturas acima dos 40º;
do mal o menos...

autoridade

o tema da educação é recorrente em tempo de eleições e não era necessário terem existido dois anos de permanente atrito e conflitualidade na escola para que ele sobressaia;
este cartaz, do CDS (imagem retirada daqui), chama a atenção para um conjunto de concepções que prevalecem na escola e no ideário nacional, a da autoridade;
quando todas as formas de relacionamento social se alteraram, querer manter a ideia de autoridade do professor assente no mando e no poder coercitivo do docente, à boa maneira do antigamente, é desfasado e despropositado; como também não é suficiente alterar o estatuto do aluno;
acima de tudo, há que alterar dinâmicas de aula e de trabalho em sala; assim, talvez...

domingo, 9 de agosto de 2009

luz

coisas simples, algumas que reencontro nas prateleiras, entre procuras e desarrumações;
uma "aventura fabulosa (...) consequência de uma leviandade minha (...) num seminário sobre a poesia dos utensílios domésticos";
tão simples e aparentemente fácil "a luz é como a água"

sábado, 8 de agosto de 2009

distância

ao falar com pessoas que, de algum modo ou de alguma forma, estiveram ligadas à política em tempos idos, quer nos anos 80 quer nos anos 90, independentemente do partido em que militaram ou pela qual deram o corpo ao manifesto, a primeira reacção é a de dizerem que estão desmobilizados, que não têm, presentemente, interesse na vida política e menos ainda na partidária;
estão distantes, indiferentes, desligados da coisa;
será que a política tem este dom de afastar as pessoas depois de a conhecerem?
porque será que as pessoas se desinteressam depois de terem sido activistas públicos e cívicos?
coisa engraçada esta, que faz com que sejam sempre os mesmos a ficar na política - independentemente do partido...

mais

mais alguns endereços locais acrescentados à barra lateral das minhas ligações úteis;
uma de évora, a do café portugal, onde marca presença o zé pinto, pessoa que admiro e estimo, outra da igrejinha, de antónio saias, o (h)ortografias e outra política, a de todos por évora, afinal a do meu candidato;

soldado

morreu um dos ícones do Portugal de transição, Raúl Solnado;
lembro-me do zip zip e de muitas outras peças, sátiras e sábias, que editou, sendo, para todos os efeitos, o inaugurador da hoje célebre stand up comedy;
marcou gerações, marcou-me indelevelmente, não apenas pela comédia, mas pela forma e exemplo de vida que foi;

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

palma

o problema não é Palma Inácio, nem as declarações de um ex-presidente da República;
o problema é a influência, cada vez maior e cada vez mais óbvia, da maçonaria nacional na definição de alguns desígnios que deviam ser de todos ou, pelo menos, respeitadores de uma maioria parlamentar e são apenas os de uma corporação;
e, em termos regionais, as coisas começam a ser excessivamente óbvias - para mal de todos nós...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

redes

já não era sem tempo de alguém escrever o óbvio;
esta coisa das redes sociais são o que são e valem o que valem;
acima de tudo valem aquilo que queremos que elas valham;
desde as modernices, passando pelos modismos tecnológicos, as redes sociais são, acima de tudo, espaços de visibilidade pública à qual, uns quantos, querem dar destaque mediático;
não faço a mínima ideia de qual a sua efectiva repercussão ou qual o seu eventual prazo de validade;
opto, preferencialmente, pelos blogues, pois ajudam-me a pensar mediante o conhecimento de outras perspectivas (nem sempre críticas, entendendo este conceito na linha de Giddens), outros pontos de vista, outros quadros de análise;
o carácter resumido e sintético dos restantes, deixo para outros...

retoma

procurar retomar o meu trabalho, a dinâmica de um processo de investigação;
e a coisa não se afigura fácil;
retomo leituras, releio apontamentos, repesco escritos e... fico à espera de mais vontade;
o mês de julho foi, manifestamente, perdido em termos de trabalho, procuro refazer o calendário e reorganizar o processo de modo a poder avançar;
estou cansado deste trabalho, mais do que cansado saturado, mas tenho de ir até ao fim;
dê por onde der...

formação

há muito que defendo que o país tem dois problemas, o da falta de formação e o da falta de organização;
não é por se ser licenciado que se tem formação, há necessidade de aprofundar conhecimentos, adquirir instrumentos que nos permitam enfrentar os quotidianos e repensar modelos de organização, dinâmicas de trabalho, processos e rotinas;
o engraçado é quando me apercebo que quando se adquire formação e se conseguem pensar modelos instituídos, os serviços da administração pública, isto é, as chefias, não gostam de quem pense, particularmente não gostam de quem pense de maneira diferente da sua, equacione outros modos de fazer a mesma coisa;
por vezes a formação acaba por ser um contratempo na acção individual e as pessoas encostadas numa qualquer prateleira ou simplesmente colocadas viradas para a parede, como se de castigo se tratasse...

encontros

já passei por muito sítio, fiz boas amizades e muitos conhecimentos;
tem valido pela experiência ganha, pela diversidade de contextos e situações que me permitem enriquecer pessoalmente e ser o que sou hoje;
apesar de afastado dos sítios por onde passei, não são poucas as vezes em que, um ou outro conhecido, quando me encontra, me procura pôr a par dos acontecimentos, desabafar sobre o funcionamento da casa ou, apenas, trocar ideias;
são encontros casuais onde me apercebo de como a coisa está...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

eduquês

apesar das férias e da relativa distância a que todos estamos da escola, o tema da educação não deixa de marcar (séria) presença na blogosfera;
ora por intermédio dos blogues de sempre, ora por via da discussão de propostas político partidárias, ora pela opção (recente mas não descurável) das conferências destinadas aos bloguistas;
um tema presente e reincidente é o do eduquês, algo traduzível na linguagem muito própria e endógena que caracteriza os discursos sobre a escola e a educação;
no final dos anos 90 ficou célebre a troca de argumentos entre M. F. Mónica e M. Magalhães e S. Stoer sobre os filhos de Rousseau;
o que me surpreende não é a discussão, mas a dúvida que muitos professores têm sobre o eduquês, como se a escola e a educação, tal como outras áreas profissionais, não tivessem o seu próprio discurso, os seus endógenos argumentos, a sua umbilical racionalidade;
querer suprimir o eduquês da escola e da educação é querer cercear uma área profissional da sua própria especificidade...

contrariar

os filhotes, de quando em vez, resistem e levantam alguns argumentos contra opções dos pais;
depois, os pais fazem a escolha entre diferentes opções, contrariar, respeitar, argumentar, justificar, trocar ideias ou outras que possam surgir;
habitualmente e se o que está em causa são gostos dos mais velhos, opta-se, pura e simplesmente, por contrariar os filhotes - apesar do risco de trauma;
estas férias não nos demos nada mal na opção de contrariar os mais novos;
um e outra afinal descobriram gostos que julgavam desconhecer;
de quando em vez, no contrariar é que está o ganho, e é preciso contrariar, porque sim...

tempo

ele há tempo para quase tudo, um tempo próprio, específico para fazermos e sermos aquilo que o tempo nos diz, relativo à idade, ao momento e às circunstâncias;
um tempo que, vivido fora de tempo, revela contradições, realça a falta de contexto quando não mesmo impertinência ou inapropriação; este é aquele em que os cotas se vestem quais jovens adolescentes, prolongam (ou querem prolongar) oportunidades descontextualizadas e vivem amores que a adolescência, por razões várias, não permitiu;
quando vejo ou conheço gente desta costumo afirmar que se ficaram pelos idos 80 (e não é sem razão que várias rádios têm programas próprios dedicados aos 80 ou 90);
agora, na casa dos trinta e muitos ou quarenta e poucos quererem ser adolescentes - nos amores ou nos comportamentos - é algo que me parece, no mínimo, caricato, sinal óbvio que a adolescência não ficou resolvida e, menos ainda, ultrapassada...

terça-feira, 4 de agosto de 2009

glorioso

o meu Benfica está a fazer uma pré-época entre o surpreendente e o expectante;
com tanta gente nova é deveras algo surpreendente que já se consigam entender tão bem no relvado, com clara produtividade face aos resultados até agora obtidos;
expectante para perceber como pode render esta equipa face à necessária regularidade de um campeonato onde qualquer equipazinha se agiganta face ao Benfica;
mas tou com vontade de ir ao estádio, talvez já no próximo sábado, afinal, as férias são para isso mesmo, desfrutar...

q.b.

não acho que o que é bom acaba depressa;
as férias de praia chegam ao fim, mas em tempo oportuno, já está toda a gente com saudades da cama pessoal, da comidinha caseira, do "dolce fare niente";
avançamos agora para a segunda parte das férias, o restabelecimento da praia...

devagar

devagar, devagarinho os dias lá se vão passando, entre o prazer da companhia familiar e as diabruras de dois irmãos que gostam de implicar, quer um com o outro quer com os pais;
é agradável sentir esta sensação de passagem, sentir que, por incrível que possa parecer, daqui a pouco estou a fazer anos e o ano a chegar ao fim...

sábado, 1 de agosto de 2009

sul

as coisas a sul estão mais bonitas, bem mais atraentes do que daquelas que me lembro;
as praias estão bem mais vistosas, o pessoal aparentemente mais simpático, fazendo crer que já não é um frete aturar turistas nacionais;
o sul cativa...

poder

da minha escolinha sei de notícias que dão conta de discricionaridade e do abuso de quem assumiu novas designações;
há quem acredite que se rodear de pessoas aparentemente fracas e subservientes ganha força e assume destaque;
nada de mais errado; só nos faz fortes quem tem força, só nos faz acreditar quem é crente e não os seus contrários;
mas é comum, em muitos lados da vida nacional, esquecer esta simples evidência...

surpresas

só hoje e à distância, tive conhecimento da lista do PS à autarquia eborense;
ena, tanta surpresa que fico deveras surpreendido - pelo bom e pelo menos bom;
a ver vamos o que dá aquela mistura toda, parecendo que se coloca em lista o cão, o gato, o peixe e o piu-piu;
as sombras crescem agora mais que as figuras iluminadas;
a reter para ver...