quarta-feira, 30 de setembro de 2009

mercado

o mercado das apostas está forte, fruto dos resultados eleitorais, das expectativas e dos desejos de diferentes facções;
seja qual for o ministério há apostas, nomes, referências ou apenas simples vontades;
não aposto, mas fico a aguardar os desenvolvimentos e não apenas os nacionais, também a n´vel regional há que mudar algumas coisas e/ou pessoas;
a política assim o exige e determina...

discurso

o presidente da República, que valoriza o discurso como elemento fundamental da sua actuação e acção, perdeu uma óptima oportunidade de estar calado...

campanha

e a campanha segue os seus dias;
os percursos são variados, os caminhos idênticos, as estradas do concelho de Arraiolos, as ruas da vila e das aldeias;
mantenho o que já aqui disse, gosto de ver a ousadia daqueles e daquelas que enfrentam os medos, os contrangimentos e o déficite democrático imposto por alguns;
aqui deixo a página da aldeia que escolhi para viver:
http://igrejinha2009.blogspot.com/
passem por lá...

afastado

por razões várias não me tenho aproximado deste espaço;
moengas várias, umas grandes, muito grandes, outras nem por isso, apenas falta de vontade;
e regresso, para por aqui deixar os meus bitaites...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

esse


desde que a conheço que gosto desta imagem, muitas vezes atribuída a Nuno Gonçalves, pintor português do século XIII/XIV;
considero-a uma das melhores imagens de cristo, isto porque não é Deus que a aqui está, é esse homem...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

campanha

fim-de-semana preenchido;
para além dos habituais afazeres familiares, domésticos e hortículas, será fim-de-semana de apresentação dos candidatos socialistas ao município de Arraiolos;
apresentação sábado, dia 19 de Setembro, pelas 17h30 no cine-teatro local;
maioria formada por independentes, os militantes contar-se-ão pelos dedos de uma mão, denotam coragem e arrojo num concelho onde, claramente, impera a lei da rolha, o constrangimento de opinião, o défice democrático;
lema central da campanha,
Acreditar no Futuro

pertinência

participei numa reunião onde percebi a pertinência e o cuidado a ter do meu projecto de investigação;
que a educação em geral e a escola em particular sempre procuraram produzir e construir o seu cidadão, aquele de que têm uma qualquer ideia, não é nova;
contudo, vejo surgir, por entre diferentes instituições, a pretensão de "ajudar a construir a pessoa do cidadão", dixit na dita cuja reunião por uma psicóloga de uma instituição que não a escola, nem ligada à educação;
o que pode apenas querer significar que esta construção do cidadão já não é (se é que alguma fez foi) exclusivo da escola;
tenho aqui matéria necessária e suficiente para a conclusão da minha tese, a pista de prolongar a análise dos instrumentos educativos de regulação dos comportamentos e de construção do cidadão para além da escola e da educação...

caminhada

a campanha segue os seus passos, os ritmos de uns e de outros;
por vezes o som estridente de uma qualquer caravana, impede qualquer conversa, o trocar dois dedos de ideias, deixar uma opinião ou apenas escutar um desabafo;
outras, porque tive o privilégio de encontrar um candidato a Évora, trocamos dois dedos de ideias entre os afazeres de um e de outro;
fico a saber dos desequilíbrios da campanha, das intenções veladas do voto e do que isso pode significar para estreitar o som estribeiro de uma qualquer caravana;
é a caminhada que se faz, rumo à democracia...

companhia

os dias ficam mais pequenos, para tudo;
ao serão apetecem as companhias, aquelas que não se queixam e nos embalam no descanso do quotidiano;
reconheço que gosto de jazz de todas as maneiras e tenho algumas dificuldades, se não mesmo sérias, em destrinçar o bom do mau jazz;
mas dexter gordon é daqueles monstros que acalma em final de dia;


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

informação

quando, na escola mas não só, surgem coisas diferentes, na forma ou na organização, há que explicar tudo muito bem explicadinho;
acontece comigo, em face da opção pelo trabalho diferenciado, pela escolha do portefólio como instrumento de avaliação;
como acontece com as escolas quando optam por projectos e não dão a informação necessária e suficiente aos pais;
estamos habituados a um determinado modelo escolar, quando se rompe com ele, é o bom e o bonito... as formas naturalizaram-se e petrificaram-se...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

recusa

por este espaço passam quase todas as opiniões;
num dos sítios que tenho aqui referenciado ao lado, ontem percebi, um pouco mais e um melhor, a situação da nossa educação;
independentemente do partido, do governo, das políticas ou do que seja o senhor é do contra; foi contra o PSD como foi contra o PS, foi contra aquele e esta ministra; não reconhece alternativas a não ser a do contra;
recuso esta visão, como reconheço que há medidas boas e menos boas em todas as opções de política; mas há um sentido mais adequado que outro quanto ao papel da escola, da educação e dos profissionais;
recuso dizer que não apenas para contrariar, para dizer que estou aqui ou apelar a que olhem para mim, numa lógica - muito identificável - de quanto pior melhor;

velocidade

agora sim, desfruto do prazer de ter um acesso à net relativamente rápido e eficaz;
mudança de operador e desfruto do prazer de navegar pelos sítios que gosto, de forma mais livre e bem mais solta;
ligado a este mundo desde os idos anos de 1994, tornei-me dependente deste meio de comunicação, recreio e prazer, mesmo quando sinto as dores do constrangimento, sejam pela velocidade, pelo acesso ou pelo trabalho;
agora sim, sinto prazer na velocidade e espero não ultrapassar os limites...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

entrevista

fui hoje à minha entrevista no âmbito da avaliação de desempenho;
o avaliador, colega de há muito a quem reconheço desde sempre o necessário bom senso, não fez a coisa por menos, classificação igual à proposta por cada avaliado;
não sei se se perverte o sistema, mas que existe aqui um qualquer sentimento de... estranheza, lá isso existe;
contudo, foi melhor que na escola vizinha onde todos os docentes foram corridos a igual avaliação, independentemente de quem trabalhou muito ou pouco, de quem se empenhou muito ou nada;
iniquidades...

sensação

sentir não uma mas muitas escolas a trabalhar é perceber as diversidades e as pluralidades que enriquecem o sistema educativo;
há aquelas que precisam de apoio, orientação, alguns esclarecimentos; outras que apenas e em face dos seus próprios interesses pedem alguma orientação ou apoio; outras há que se marimbam para a estrutura e perguntam directamente a quem eles julgam que sabe alguma coisa, ainda que a resposta tarde ou simplesmente não aconteça; outras estão naquela fase da adolescência que tudo julgam saber e que poucas dúvidas têm;
mas todas, independentemente dos motivos ou da sua razão, perguntam; não perguntam é aos mesmos, nem no mesmo sítio;
é uma sensação direi que curiosa... no mínimo

conversas

terminaram os debates da pré-campanha, deu-se início à campanha propriamente dita como se ainda ninguém tivesse reparado que vamos a eleições, existisse um povinho mais distraído que outro;
uma confissão, não vi nenhum dos debates, uns porque não pude, outros manifestamente por desinteresse prévio;
acredito que os debates sirvam para alguma coisa ou a alguém - indecisos (?), confirmações, dúvidas, hesitações, questionamentos... o que for...
e, como diz um cartaz do PSD, é a hora da verdade, seja ela qual for...

domingo, 13 de setembro de 2009

outono

o outono insinua-se por entre nuvens de tons cinzentos e gotículas de chuva que deixam a terra como que transpirada e de odor intenso;
os dias quentes ficam para trás, entre saudades das noites quentes e o desejo do conforto dos dias que se aproximam;
certo que estou mais próximo de ficar mais velho...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

refúgio

face às características da minha pessoa, o meu refúgio, a todos os níveis, é a terra onde vivo;
sinto a campanha de Évora a passar ao lado, como se visse um filme e procurasse perceber o seu desenvolvimento;
aqui, pela Igrejinha e por Arraiolos, procuro-me envolver, participar, apoiar e colaborar com aqueles que querem fazer outra coisa e que consideram que melhor é possível e que diferente é desejável;
é um refúgio, não sei se do guerreiro, mas das guerras lá isso é...

imprevisibilidade

a imprevisibilidade é, genericamente, um contratempo perante as organizações;
qualquer organização gosta de uma sequência mais ou menos linear, mais ou menos consequente entre dois pontos do trabalho - o pedido e a resposta, o problema e a solução, a acção e a reacção;
quando se foge a esta regra a tendência é para a dispersão, a criação de alguma confusão quando não mesmo de stress;
só que os tempos que correm não são lineares, coerentes, nem consequentes; a imprevisibilidade, o carácter perfeitamente aleatório das situações, a sua particularidade (a fuga a uma qualquer regra) de que se revestem são uma das características dos tempos e das situações; cada vez mais a excepção é a regra e a regra é excepção ainda que entre uma e outra haja a necessidade de encontrar pontos de equilíbrio, situações de consenso ou simplesmente conformidades administrativas;
neste contexto, a decisão é quase sempre oriunda de uma amálgama de contextos, possibilidades, avaliações e quadros de análise também eles individuais;
como lidar com isto é o desafio, como equilibrar situações de conformidade e de criatividade a ousadia;
restam as pessoas, que são quase sempre o in e o on das situações, o problema e a sua própria solução...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

brincadeiras

hoje, em cerimónia oficial, dizia o presidente que naquele município há responsáveis;
se as coias correrem mal, os responsáveis são os vereadores;
se as coisas correm bem o responsável é o presidente;
diz o povo que a brincar, a brincar se dizem as verdades;
e a verdade tem sido a substituição dos vereadores e a manutenção do presidente, como se existisse apenas um lado bom da coisa;
brincadeiras...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

ressentimentos

quem se ressente dos afazeres são, por um lado, a família, por outro a tese;
a família está habituada, há muito, a que o pai se ausente por questões de política, sabe-se e percebe-se que gosto desta coisa e gosto de uma boa campanha; conheço gente diferente, oiço coisas diferentes, vejo coisas diferentes, posso crescer e aprender muito mais;
a tese, essa, fica à espera que passe este tempo, entre organização de afazeres e distribuição de objectivos, procuro não a descurar, mas já faz algum tempo que não converso com o orientador;
e há que marcar também aqui, a presença...

campanha

a campanha pelo concelho de Arraiolos segue os seus passos;
procuramos, elementos do PS, lutar de igual para igual, em cada freguesia, em cada aldeia, mas sabemos que as forças são muito desiguais, as condições diferentes;
mas não iremos perder nem por falta de comparência nem por falta de acção;

aos poucos

aos poucos vou-me apercebendo das dinâmicas, do trabalho, das solicitações e dos objectivos;
deixar a perspectiva da escola, de uma escola em concreto, para passar a ver uma vasta panóplia delas é algo que não nos deixa indiferentes;
cometo os mesmos erros que acusei antecessores, procedo como é hábito na administração pública, seja a educação ou não, como procuro retirar as melhores ilações de como corrigir aquilo que não quero e aquilo que quero;
acima de tudo, trato de aprender...

domingo, 6 de setembro de 2009

foguetes

a esta hora rebentam foguetes no ar;
o som inunda a terra e marca a hora das festas;
contudo, os meus cães estão que não sabem onde se enfiar, tal o medo que sentem dos estrondos no ar, sem perceber lá muito bem o que anda a acontecer;
a filha diz e bem que cães para proteger a quinta, fogem aos primeiros estrondos...

festas

pois é, umas vezes por trabalho, outra por diversão, o certo é que me afasto deste meu espaço e a ausência dita lei e organiza o tempo;
agora foram/são as festas cá da terra que me impedem de escrever, ainda que motivos não faltem;
ficam, no link, as imagens, se quiserem ainda estão a tempo de aparecer...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

arranque

o ano lectivo inicia-se, não apenas nas escolas mas um pouco por todo o mundo que atravessa a educação;
os filhos, ela mais que ele, andam numa roda viva de conhecer os novos livros, comprar materiais, preparar o estojo diário e deixar quase tudo pronto para o dia de arranque efectivo;
não estou na escola, mas sinto as escolas a arrancar, reuniões, gerais e particulares, discussões e organização são as preocupações um pouco por todo o lado;
e, apesar de não estar na escola, também eu preparo os materiais e a equipa;
equipa interessante, curiosa, expectante; acho que vou gostar do pessoal...

pessoas

gosto da política pelas pessoas; pelos seus sentimentos, pelas ideias que querem deitar cá para fora, pelas palavras que utilizam, pelos pensamentos que os orientam;
esta semana tem sido passada no meio do concelho de Arraiolos, a falar com as pessoas, a conhecer os seus problemas, a ouvir as suas ideias;
têm sido dias cansativos mas extremamente reconfortantes por aquilo que conheço, pelo que enriqueço com os outros sem eles se aperceberem disso;
gosto disto...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

saudades

apesar de profundo defensor de uma afirmação, penso que de Mário de Sá Carneiro, em que saudades só do futuro, reconheço que sou hoje o resultados de muitos encontros, alguns desencontros, das amizades e da concorrência que fiz, senti ou obtive ao longo dos anos de carreira;
obviamente que uns, colegas ou alunos, me marcaram mais que outros; é óbvio que os mais próximos estão mais frescos na memória, na saudade, nos afectos;
e não esqueço nem uns nem outros, mais uns que outros...

balanço

faço hoje 20 anos em que pela primeira vez entrei numa escola como docente do ensino básico (3º ciclo) e secundário;
há vinte anos atrás começava-se a dar cumprimento a um vasto conjunto de situações de política educativa por resolver ou mal resolvidas no pós 1974;
foi a revisão da carreira, a entrada em vigor do primeiro diploma da autonomia (decr. lei 43/89), de novos programas e conteúdos disciplinares, o alargamento da escolaridade obrigatória entre muitos outros apontamentos, mais ou menos soltos, mais ou menos coerentes;
o certo é que desde essa altura, há 20 anos, não mais se parou de mexer aqui e ali, fosse por desejos político-partidários, necessidades educativas ou sociais, orientações da união europeia, nunca mais o sistema estabilizou, adquirindo a mudança factor de rotina e permanência;
estou a meio da carreira e os objectivos daqui para a frente são quase os mesmos, aproximar-me de casa, aprofundar a minha formação e esperar...