segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

cena

ver na televisão é uma coisa, ver ao vivo e a cores a poucos metros de nós mesmos é outra completamente diferente;
eram 8h15 desta manhã, entre o largo camões e a rua de aviz, um homem procurava fugir ao polícia que o conseguiu deitar ao chão; foram voltas e reviravoltas entre a rua e o passeio, esbracejar aflitivo de ambos, um a fugir outro a procurar que o outro não fugisse; chega um carro com mais um polícia, os dois têm dificuldades em imobilizar o homem que, estendido no chão, se debatia por entre mãos e braços;
um dos polícias ainda consegue agarrar o rádio e pedir ajuda;
entretanto juntam-se os olhares, os avaliadores da sociedade, aqueles que julgam por tudo e por nada; a fila de carros, impossibilitada de se movimentar em virtude da briga, estende-se, há quem buzine, há quem apenas aprecie o espectáculo;
cena do quotidiano...

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