terça-feira, 21 de janeiro de 2014

da (des)naturalização

um dos processos mais complexos das ciências sociais e da educação passa pela desocultação daquilo que muitos afirmam como natural, normal, sempre foi assim;
tenho tido conversas com os alunos sobre a necessidade de não aceitação, tácita e passiva, de tudo o que nos é colocado pela frente, das afirmações taxativas que é natural e que sempre assim foi;
até pode ser natural, até pode ter sido sempre assim, mas apenas porque interessou a uns quantos, por não existência de alternativas, por passividade ou omissão, o certo é que a naturalização das coisas é um processo que se reveste de inúmeros interesses, protagonistas e interessados;
um outro elemento é o receio dos não consensos na escola, que temos todos de puxar para o mesmo lado, para o lado que alguns afirmam como o melhor, o mais natural e o mais adequado muitas vezes sem especificar porquês, sem se desocultarem objectivos, sem se visibilizarem, pelo menos à primeira vista, os interesses que rodeia um tal consenso;
é certo que "ganho" amizades mas não deixo de chamar à atenção para aquilo que designam de natural e que de natural nem o ar que se respira...

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