terça-feira, 21 de janeiro de 2014

da escola - do improviso - do gosto

de entre as muitas razões que me levam a gostar a da escola, do trabalho docente ou das funções que acontecem em tempo lectivo
(não acho piadinha nenhuma às burrocracias que se inventam para os tempos não lectivos),
decorre da imprevisibilidade dos tempos, dos modos, das relações, de tudo o que acontece fruto da mistura de gentes, caldilho de cultura e centro de emoções;
hoje, numa aula, fiquei sem perceber o que tinha acontecido ou como tinha corrido;
um aluno ficou retido na direcção por desacatos e respectivo raspanete; logo se gerou um diz que disse, que aconteceu e se julgaram e acusaram culpados e inocentes;
uma aluna chegou algo combalida segundo afirmava por ter levado um pontapé, logo duas ou três colegas a ampararam e aconchegaram, entre mimos e amizades, foi o bonito;
uma outra, pela cara de poucos amigos, dá-me conta que se tinha zangado com o pai; zanga que desaguou na sala de aula, não fez nada e esteve sempre assim a modos que;
uma outra nem percebi do porquê, se zanga, birra ou nada ou tudo, por altura da avaliação do trabalho feito defende zero, pois não tinha feito nada, certo, honesta, tábém;
um outro aluno regressou depois de longa ausência e foi processo de enquadramento tanto do docente como dos colegas, pergunta daqui e dali, curiosidade disto e daquilo e o tempo passou;
o bom disto é que sem se dar conta a aula aconteceu, ou não, fiquei sem saber...

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