sexta-feira, 4 de março de 2011

crença

não sei se por questão de fé se por mera crença, ontem gostei particularmente de ouvir as palavras da ministra da educação aos directores de escola e agrupamento da minha terra;
casa cheia, pois as expectativas são muitas, silêncio aqui e ali entrecortado por conversas de ouvido, comentários a isto ou àquilo que era dito;
mas foi dito de forma directa, aberta, sem rodeios, não escondendo nem omitindo que aquilo que se trata é de contenção, cortes, de dividir o esforço da dívida pública por todos, que as escolas fazem parte da administração pública e que as regras têm de ser claras e transparentes e os critérios idênticos;
que não vale a pena complicar o que já de si é complicado;
também houve os espaços de interpretação aleatória, que cada qual lerá de acordo com os seus interesses, informação ou meras preocupações; desde a rede do 1º ciclo às agregações as respostas foram politicamente correctas e juridicamente inócuas;
nos tempos que correm o espaço para argumentação pedagógica é muito curto e pode facilmente ser entendido como desculpa esfarrapada, justificação política, e não foi isso que aconteceu;
agora entre discursos e práticas, tanto políticas como dos senhores directores, vai um enorme fosso, de descontentamento, de angústia, de dúvidas que pode levar a que tudo fique na mesma... ou pior...

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