quinta-feira, 29 de maio de 2014

Projetos - o desnecessário necessário

Uma escola pode viver e sobreviver sem projetos? Sejam eles o educativo, o regulamento interno ou de turma?
Poder pode, mas será a mesma coisa?
Qual a necessidade, utilidade, pertinência ou outra coisa para a prática de sala de aula decorrente da existência de projetos, regulamentos e escritas que tal?
Provavelmente nenhuma, pouca ou eventualmente não necessários, dirá a maior parte dos profes e não só;
Afinal a não existência de projetos ou regulamentos não inviabiliza o funcionamento das escolas; tantas há que funcionam, algumas até acima do razoável, e não têm projetos, os regulamentos são de gaveta e pronto;
E há tantos projetos, regulamentos, grelhas e papel que tal que apenas entopem os profes, os cobrem de "burrocracias" e servem apenas para enfeitar, dizer que há, fazer de conta;
pois é;
Mas considero que a existência de um projeto, nomeadamente o educativo, deve existir para que todos, mas mesmo todos (profes, alunos, funcionários, município, parceiros, pais, encarregados de educação) percebam para onde se vai, com quem e como;
A existência de um projeto será determinante para que o trabalho individual, os objetivos particulares, os interesses mais pessoais sejam enquadrados, balizados, e sejam elemento de orientação ao coletivo;
A existência de um projeto deve evitar situações arbitrárias, a descricionaridade da decisão, a transparência de processos;
Um projeto deve balizar o conhecimento do que se pretende, justificar procedimentos e orientar o trabalho de cada um;
O problema é que muitos continuam a afirmar o individualismo serôdio, o isolamento da ignorância, o trabalho por si e em função de cada um;
assim, a escola perde dimensão e escala, fecha-se e isola-se e muitos, aqueles que trabalham, geralmente não percebem nem porquê nem para quê...

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