quarta-feira, 28 de maio de 2014

Autonomia por via do Normativo

Primeiras leituras do despacho normativo 6/2014, referente à organização do próximo ano letivo;
Notas aindas muito soltas;
Direi curioso que o discurso deste governo sobre a autonomia das escolas venha enrolado em despachos normativos - é uma perspetiva da autonomia, funcional, administrativa;
Termos como flexibilidade, sucesso, organização tornam-se algo predominantes - coisa que depois não é tolerada seja pelas aplicacões cegas do ministério, seja pelos serviços do dito cujo, delegações escolares, tão zelosas, ou inspeção, tão solicita;
Processos e procedimentos - transparência, clareza, participação, objetividade, coerência, simplificação - são referidos como indispensáveis à gestão, o que pressupõe que é coisa que, pelo menos, não predomina nas escolas - é a desconfiança, por um lado, como é o reconhecimento dos contextos;
Neste processo e em particular no apelo à simplificação, o governo cria uma forma de desmarcação aos complicometros que muitos profes conseguem criar, aos mais papistas que o papa;
Novas respostas - como resultado, ou corolário da coisa; mas estas novas respostas têm de ser autorizadas, têm de estar enquadradas, têm de ser normativas - o que não deixa de ser engraçado;
Depois há referências que são mesmo muito manhosas de descascar em escola, isto é, em eventuais discussões que, a não serem feitas, irão incontornavelmente conduzir à arbitrariedade e descricionaridade do senhor diretor - imagino que será coisa que irá acontecer pelos meus lados;

1 comentário:

Anónimo disse...

Prognósticos para o AG nº2 ÉVORA- Gabriel Pereira?