sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

devagar vou lá, vou é devagar

devagar, devagarinho vou percebendo um pouco mais e talvez, apenas talvez, um pouco melhor o funcionamento e a organização da minha santa escolinha;
ontem estive em duas horas e meia de reunião (mais uma dúzia de pessoas) para receber informações (que de forma directa não tem implicações no quotidiano, seja docente seja de coordenador de um departamento) e se fazer o ponto de situação ao que um ou dois colegas têm feito;
percebi assim, uma das razões da falta de tempo, fez-se uma reunião para realizar o ponto de situação e ter-se-á que fazer pelo menos mais uma para se analisarem acções que se enquadrem no ponto de situação realizado e, talvez ou muito provavelmente, levar a discussão a conselho pedagógico que, como foi dito, é o local onde estão os mais implicados no processo ontem analizado; percebo que não haja tempo ou o que o tempo seja escasso para tanta reunião, como percebo o porquê de em tempos o ministério ter distribuído um power point de como se dirige uma reunião, a sua organização e etc, agora percebi, mais vale tarde que nunca, pronto;
percebi também que não se faz grande ideia do que compete às diferentes estruturas educativas, para que servem, quais os seus objectivos, qual a sua responsalidade na acção educativa e escolar; ou, talvez melhor dito (escrito), talvez exista uma ideia das estruturas, para que servem e o que fazem, não se terá é em grande ideia quem está à frente das ditas cujas e aí talvez eu tenha de dar a mão à palmatória e reconhecer que os chefes até são capazes de ter razão; chefes no qual incluo o ministro (pretensamente o pior ministro da educação, apenas pretensamente) em não confiar nos profes ou nas escolas, obrigado, se os que estão na escola não confiam neles como é possível que quem está por lisboa confie? tá quieto oh bicho;
percebi também que a gestão da informação é como era há muito tempo, guardada, como se a internet fosse um espaço fechado, gerida parcimoniosamente, como se não tivessesmos e trocássemos ideias com gente que está um pouco por todo o lado, como ali se faz ou deixa de fazer; disponibilizada de acordo com os interesses de quem a tem e não de quem a gere e tem como obrigação a sua implementação, como se não tivessemos conhecidos ou amigos aqui e ali; é pena, deve desgastar e cansar, para já não dizer que deve moer um pouco, mas pronto, percebi que a tradição ainda é o que era;
percebi que não são apenas os santos da casa que não fazem milagres - e atenção que não sou nem tenho nada nem nunca tive alguma coisa de santo; são mesmo as pessoas, os colegas da casa que não contam para nada; para percebermos o que nos pode ser útil teremos de perguntar a outros, aos académicos, sabedores da coisa mas a quem, depois de os ouvir, se atira com teóricos, desajustados e coisas que tal, para desanuviarmos da coisa teremos de perguntar a outros em processo dito de constituição de micro redes, isto é, forma outra de designar o que também foi designado de boas práticas (coisa tão cara à tecnocracia neoliberal que considera o outro acéfalo e capaz de se ajeitar mediante formação e conhecimento do bom, do belo); e eu pergunto, porque não começar com os da casa, encontrar espaços, momentos e tempos onde cef, pca, pief (e fica tudo em código tuguês) e uma ou outra turma que de regular apenas tem a sua própria irregularidade e trocar ideias, partilhas experiências, aferir estratégias, regular (porque não) práticas; discutir, debater, confundir o que nos é confuso, talvez, e apenas talvez se torne útil a alguém, mesmo que não se torne em conhecimento;
a este propósito - o do conhecimento - foi dito em ponto de situação que o importante destas coisas é transformar a informação em fontes de conhecimento; gostei, mas ninguém me conseguiu explicar o que significa tal coisa, mas é bonito de se ouvir, lá isso é;
e pronto, lá fiz novamente figura de tótó moenga, incomodando por perguntar, chateando por me desconsiderarem, moendo por me obrigarem a sucessivas de sucessivas reuniões e encontros de nada; dando razões e oferecendo argumentos para que me tratem e considerem como um moenga;

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