terça-feira, 14 de janeiro de 2014

das redes sociais e a ausência social

de quando em vez afasto-me das redes sociais;
não digo o que faço, não dou conta a ninguém de como estou, omito por onde ando ou no que penso;
a pontos dos senhores do livro nas trombas me enviarem recordatórias que ando afastado, que tenho toques, notificações e coisas que tal à espera;
ao fim de algum tempo recordo ao conjunto dos vivos e aprecio aqueles que se passeiam pelas redes sociais, dão conta do que fazem, mostram imagens do que consomem e de si mesmos - por vezes em evidências de acentuado envelhecimento;
as redes sociais criam uma outra praça central que, tal como por aqui pela igrejinha, em que não há praça, mas há a praça, assim o pessoal do face percorre espaços, cruza amizades e dá de conta do que faz ou do que gostaria de fazer; aprecia os outros e desfruta de quem passa;
assim estou eu, como que encostado às arcadas da minha praça, braços cruzados como que à espera de coisa nenhuma, vejo quem passa e penso para o meus botões coisas que não digo, nem escrevo em voz alta...

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