terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

mudança ficando na mesma

Na escola e na educação um dos elementos da mudança regista-se, qual ironia, na permanência das situações, modos e organização da escola;
É tema recorrente na minha escrita, nas divagações que por aqui faço, mas é também elemento incontornável das preocupações o facto de a escola se manter persistentemente como nos anos 80 do século passado, período onde foram definidos os modos e os contornos organizacionais do tempo escolar, tais como constituição de turmas, organização funcional dos grupos, a estrutura disciplinar, o funcionamento das estruturas, conselho pedagógico, grupos/departamentos, sistema de avaliação, curriculo, etc, etc;
Nos tempos presentes, torna-se essencial ultrapassar lógicas de organização individual, solitárias; ultrapassou-se, nos tempos mais recentes, o isolacionismo do primeiro ciclo, mas isolou-se, por incapacidade, fuga ou simples segurança, todos os restantes docentes dos demais ciclos de ensino;
Frases feitas e lugares comuns caíram  no esquecimento sem que fossem substituídas, o vazio passou a ocupar um lugar determinante na acção educativa, caso de trabalho colaborativo, interdisciplinariedade, apoios educativos, estudante, estratégias, rede, comunidade escolar, entre outras; outras houve que foram slogans que muitos utilizaram, alguns sem perceber o seu sentido, outros sem preocupação de operacionalizarem, outros apenas por efeito de retóricas assente ou decorrente de modas, como foi o de autonomia, projecto, aluno, sujeito, politica, etc;
Interessante q. b., refere-se ao facto de as politicas educativas que têm sido definidas se basearem em muitas práticas que por ai se implementaram e criaram em muitos contextos, como serviram e foram oportunidade para desbravar caminhos e re-inventarem sentidos ao trabalho escolar; 
Hoje por lógicas e opções, o espaço de criação na escola não existe e as politicas redefinem apenas obrigações, normas, regras e imposições; retoma-se o aluno como objecto da acção educativa, com a agravante de se lhe juntar o docente enquanto objecto e não parceiro; a gestão, por medo, inépcia ou simples incompetência do deixa ver o que dá, colabora, quando não reforça está opção, por ausência de uma estratégia, por indefinição de opções, consequência do enorme vazio politico que tem promovidos na escola;

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