quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

reconhecimento

ontem, em reunião de conselho de turma, que conta com a presença de um representante dos pais e alunos, duas notas que se destacam e que vão ao encontro daquilo que trabalho, enquanto processo de investigação;
primeiro, o reconhecimento explicito e honesto da representante dos pais em perceber se desempenha bem o seu papel, não apenas o de pai e mãe, que o é a tempo inteiro, mas também aquele mesmo de representante, face a alguma indiferença ou mesmo alheamento dos pais surpreendidos que estão por os filhos estarem a crescer;
depois o assumir do reconhecimento, por parte dos alunos, das suas atitudes, comportamentos e relacionamento com o trabalho em sala de aula; reconhece-se que por vezes não apetece, que por vezes se boicota;
um e outro remetem para dimensões diferentes mas complementares do que é a escola hoje; antes, os pais para além de nada terem a ver com o trabalho escolar, como em grande parte eram ignorantes face ao trabalho da escola, não participavam, nem opinavam; remetia-se para o âmbito doméstico a sua contribuição parental; o próprio aluno era um objecto (ainda hoje o é em grande medida) da acção educativa, passivo e receptivo;
esta alteração de posições requer outras dimensões organizacionais que o legislador pretende incutir, mas que as relações e os modos definidos na escola ainda dificultam, quando não mesmo recusam;

Sem comentários: