quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

congresso

e pronto, os primeiros dias de Maio serão passados em terras de bouro, mais concretamente em Bragança;
o resumo enviado foi aceite, resta-me agora inscrever e fazer-me à estrada
o resumo dá conta do seguinte:

Pretende-se dar conta de um projecto de investigação, que decorre sob a alçada da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, que conta com o apoio da Fundação Eugénio d’ Almeida, Évora, em que, tomando-se como ponto de partida a alteração dos comportamentos na escola, expressos nas situações de indisciplina, se pretende problematizar as formas como, em tempos marcados pela diversificação e heterogeneidade de públicos, interesses e objectivos (individuais e colectivos) e perante as “esperanças e receios” que essas situações colocam não apenas à escola como à sociedade, se destaca uma gestão política assente nos instrumentos de acção pública que procuraram regular comportamentos e condutas sociais e assim assegurar o governo de nós mesmos para além da sala de aula ou da escola, num assumido reforço ou complementaridade do “governo de si” e das “tecnologias de subjectivação”.O período de tempo considerado neste estudo vai da publicação do Decreto-Lei 769-A/77 à alteração do Estatuto do aluno do Ensino Não Superior, definido pela Lei nº. 3/2008.O quadro de análise que se propõe assenta nas políticas públicas, onde se destaca o conceito de referencial, levando em consideração uma estreita relação entre uma dimensão cognitiva, decorrente do conhecimento produzido e dominante num dado contexto (de espaço e tempo), e uma dimensão social, em face da gestão de interesses e objectivos dos actores de uma escola em concreto.A articulação entre o arco temporal definido e o quadro de análise pelo qual se opta, permite cruzar escalas de micro análise, porque se parte de situações vividas em sala de aula, com uma dimensão de meso análise, porque assenta numa escola em concreto, com níveis de macro análise onde se destaca uma correspondência entre saber e poder estruturador das relações sociais que permitam o governo de sistemas cada vez mais complexos.
Palavras-chave: indisciplina, políticas públicas, governação, regulação, instrumento

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